Primeira leitura - At 15,22-31
Salmo - Sl 56
Evangelho - Jo 15,12-17
Há uma palavra que nos liberta de todos os fardos,
das dores da vida e nos faz atingir o vínculo da perfeição. Essa palavra é amor.
São João, em sua primeira carta, afirma que “Deus
é amor” (cf. 1Jo 4,8). Além de tudo mais que Ele tenha feito,
faça ou venha a fazer, tudo é manifestação do Seu amor.
O amor do Pai é tão reconfortante, que chega a ser
difícil compreendê-lo, porque excede, e muito, aquilo que os seres humanos
rotulam como amor, pois, este, por vezes, é um mero sentimento superficial ou
uma louca paixão temporária. O sentimento humano, tantas vezes, está misturado
de egoísmo e cobiça. Deus não se limita a “ter” amor ou a “demonstrá-lo”. Ele é o
amor.
O amor do Pai pela humanidade se revela de numerosas
maneiras, sendo a cruz a maior de todas as formas. Como seguidores de Jesus,
correspondemos a Ele amando os outros como Cristo nos amou.
A vida sem amor é um tipo sub-humano de existência.
Precisamos do amor paterno, familiar e também dos amigos. Contudo, assim
como precisamos receber amor, também precisamos amar.
A capacidade de amar é criada em nós por nosso
Criador, na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. É Ele quem nos
convida a nos amarmos uns aos outros.
Celebrar a Eucaristia é, para mim e para você,
assumir o compromisso de viver a fraternidade não apenas verbalmente, mas
afetivamente. Assim como Jesus se entrega por nós, que nossa vida seja toda
vivida na doação e no serviço aos irmãos e irmãs, especialmente daqueles que
mais sofrem: “Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns
aos outros”.
Padre Bantu Mendonça
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