sábado, 30 de abril de 2011

BENTO XVI FALA SOBRE SUA AMIZADE COM JOÃO PAULO II


      A amizade entre João Paulo II e Joseph Ratzinger começou no conclave de 1978. "Desde o início senti uma grande simpatia, e graças a Deus, sem eu merecer, o então cardeal me doou desde o início a sua amizade. Sou grato pela confiança que depositou em mim mesmo sem eu merecer. Sobretudo, vendo-o rezar, vi e não só compreendi, que era um homem de Deus”, contou o Papa Bento XVI em entrevista a uma TV polonesa em 2005, relembrando como nasceu a amizade com o então Cardeal Karol Józef Wojtyla, no conclave de 1978.
Esta era a impressão fundamental de Bento XVI: Wojtyla era um homem que vivia, de fato, em Deus. “Impressionou-me a cordialidade com a qual encontrou-se comigo. Sem muitas palavras nasceu assim uma amizade que vinha propriamente do coração e logo depois de sua eleição, o Papa me chamou diversas vezes em Roma para conversas e, por fim, me nomeou Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé”, conta o atual Pontífice.
Para Bento XVI o que mais chama a atenção no pontificado de João Paulo II é o respeito e admiração conquistados dentro e fora da Igreja Católica. “O Santo Padre com seus discursos, sua pessoa, sua presença, sua capacidade para convencer, criou uma nova sensibilidade para os valores morais, para a importância da religião no mundo”, destaca.
João Paulo II criou uma nova abertura e sensibilidade para os problemas da religião, para a necessidade da dimensão religiosa na vida do homem, e, para o atual Bento XVI, o Papa polonês sobretudo mostrou de novo a importância do Bispo de Roma.
“Todos os cristãos reconheceram – mesmo com as diferenças e mesmo não o reconhecendo como Sucessor de Pedro – que ele é o porta-voz do Cristianismo. Nenhum outro no mundo, a nível mundial, pode falar assim em nome da cristandade e dar voz e força, na atualidade do mundo, à realidade cristã.”, ressalta Bento XVI.
Mas mesmo para os não-cristãos e membros de outras religiões era ele o porta-voz dos grandes valores da humanidade. Segundo Bento XVI, é importante ressaltar que o saudoso Papa conseguiu criar um clima de diálogo entre as grandes religiões e um senso comum de responsabilidade mundial e, para João Paulo II, a violência e as religiões são incompatíveis, e que todos juntos devemos buscar o caminho da paz.

Amor pela juventude
“Somente uma personalidade com aquele carisma poderia conseguir que a juventude se entusiasmasse por Cristo e pela Igreja”, disse Bento XVI sobre JPII.
"Antes de tudo, ele soube entusiasmar a juventude para Cristo. Isso é uma coisa nova, se pensamos na juventude de 1968 e dos anos 70. Somente uma personalidade com aquele carisma poderia conseguir que a juventude se entusiasmasse por Cristo e pela Igreja. Somente ele poderia, de tal modo, conseguir mobilizar a juventude do mundo para a causa de Deus e pelo amor a Cristo", afirmou Bento XVI.
João Paulo II criou na Igreja um novo amor pela Eucaristia, ressalta o Papa, criou um novo sentido pela grandeza da Divina Misericórdia; e também aprofundou muito o amor por Nossa Senhora e assim levou-nos a uma interiorização da fé e, ao mesmo tempo, a uma maior eficiência.
“Naturalmente, é preciso mencionar, como todos sabemos, também como foi essencial sua contribuição para as grandes mudanças do mundo, em 1989, com a queda do chamado socialismo real”, completa o atual pontífice.
Últimos encontros
O Santo Padre recorda seus últimos encontros com João Paulo II no Hospital Gemelli, poucos dias antes de sua morte, e conta que o que mais lhe impressionou foi a doação completa do futuro beato à vontade de Deus.
“No primeiro encontro, o Papa sofria visivelmente, mas estava completamente lúcido e muito presente. Eu fui até ali simplesmente para um encontro de trabalho, porque era preciso tomar algumas decisões. O Santo Padre, mesmo sofrendo, seguia com grande atenção aquilo que eu falava. Ele me disse, em poucas palavras, suas decisões, deu-me sua benção, saudou-me em alemão recordando-me sua confiança e amizade”.
Para o então cardeal Joseph Ratzinger, aquele foi um momento comovente, como se o sofrimento de João Paulo II se unisse ao sofrimento de Deus, como se ele oferecesse o seu sofrimento à Deus e por Deus. Por outra parte, era possível ver como ele resplandecia uma serenidade interior e plena lucidez.
“O segundo encontro foi um dia antes de sua morte: estava obviamente sofrendo, rodeado por médicos e amigos. Ainda muito lúcido, deu-me sua benção. Não podia falar muito. Para mim, esta paciência no sofrimento foi um grande ensinamento, sobretudo consegui ver e sentir como se estivesse nas mãos de Deus e como se ele se abandonasse à vontade Dele. Apesar das dores visíveis, estava sereno, porque estava nas mãos do Amor Divino”, recorda Bento XVI.
Fonte: CNBB
Aberto túmulo de João Paulo II

Corpo do papa polonês será trasladado à Basílica vaticana no Domingo

Por Chiara Santomiero

ROMA, sexta-feira, 29 de abril de 2011 - No início da manhã desta sexta-feira, diante de 12 pessoas, na cripta vaticana, o túmulo de João Paulo II foi aberto e retirado o caixão que abriga seu corpo.
A terceira, das três caixas que protegem o corpo do pontífice, surgiu aos olhos dos presentes. É de madeira clara. Ficou na memória de muitos através das imagens do funeral, com o Evangelho apoiado em cima, com as páginas ao vento.
O padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, explicou hoje, em uma concorrida coletiva de imprensa no Vaticano, que no caixão há uma inscrição em latim afirmando que se trata do corpo de João Paulo II, de 84 anos, 10 meses e 15 dias, cabeça da Igreja universal durante 26 anos, 5 meses e 17 dias; e a data: ‘Anno Domini 2005’.
Na abertura do túmulo, entre outros representantes eclesiais, estavam o cardeal Angelo Comastri, e os monsenhores Giuseppe D’Andrea e Vittorio Lanzani, pela Basílica e o Capítulo de São Pedro. Junto a eles, os cardeais Tarcisio Bertone – secretário de Estado –, Giovanni Lajolo – presidente do Governo do Estado da Cidade do Vaticano –, Stanislao Dziwisz – arcebispo de Cracóvia e ex-secretário pessoal de João Paulo II.
O cardeal Comastri entoou o canto das ladainhas da Virgem, enquanto durante um breve percurso o caixão, coberto com um lençol branco, foi acompanhado pelos presentes até o túmulo de São Pedro, ainda na cripta vaticana.
O caixão permanecerá na cripta até a manhã de domingo, quando será levado à Basílica de São Pedro, ante o altar central. Ali Bento XVI e, em seguida, os fiéis poderão prestar homenagem ao falecido pontífice.
O cardeal Bertone recitou na manhã de hoje uma breve oração que concluiu a operação de abertura do túmulo de João Paulo II. A grande lápide sepulcral que fechava até agora o túmulo será enviada à Cracóvia, para uma igreja dedicada ao beato.
A colocação definitiva do corpo de João Paulo II sob o altar da capela de São Sebastião, dentro da Basílica de São Pedro, acontecerá no final da tarde de 2 de maio, após o fechamento da Basílica.
LEMBRANDO O JOÃO DE DEUS

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte – MG


A conversa era de adultos na sala da casa. Estava presente uma garota que, pela aparência, tinha seis anos. O assunto não era propriamente do seu interesse, mas numa daquelas pausas costumeiras, que acontece nas conversas de adultos - às vezes pela seriedade do assunto que requer ponderações - a garota exclamou, como um gemido nascido do fundo do coração: “Estou com uma saudade do Papa João Paulo II!” Poucos dias antes, acontecera a passagem dele, deste mundo para a casa do Pai Eterno. Ninguém esquece a consternação que tomou conta de muitos corações, vinda dos mais distantes e diferentes cantos da terra. Que provocou pronunciamentos de homens e mulheres que ocupam lugares importantes no poder e também de gente simples, até mesmo de uma inocente menina.
Sem perder o foco de considerações importantes e permanentes, levando-se em conta sua singularidade de vida e missão, o Papa João Paulo II, no domingo, primeiro de maio, quando a Igreja celebra a festa da Divina Misericórdia - por ele instituída para o segundo domingo da Páscoa - está no horizonte da Igreja e do mundo, com a celebração de sua beatificação, presidida pelo Papa Bento XVI, em Roma, no Vaticano. O reconhecimento das virtudes heróicas desse Papa e o milagre atribuído à sua intercessão (a cura da religiosa Marie Simon-Pierre Normand, que sofria do Mal de Parkinson), segundo parâmetros médicos e outros necessários para tal reconhecimento, nas instâncias competentes da Cúria Romana, sustentam a importante celebração litúrgica na qual ocorrerá o rito que o tornará, oficialmente, bem aventurado. Confirma-se, todos hão de se lembrar dos dias de seu funeral: a massa humana presente na Praça São Pedro, nos arredores da Cidade do Vaticano, entrando e saindo da basílica, formando um coro, ora expresso, ora silencioso, proclamando o mesmo que aparecia em faixas: Santo já!
Sua vida pessoal e o exercício de sua missão, vividos e sustentados por uma fé profunda e incondicional em Deus, geraram essa convicção e a força desse reconhecimento. Não há como contestar, é admirável! O fantástico de tudo isso tem um início que precede o uso de poderes, a ocupação de lugares de importância, a oportunidade de tomar decisões determinantes para a vida de pessoas ou de instituições, com influências na história de sociedades de todo o mundo. O nascedouro de tudo isso é a bondade, a convicção de que é bom ser bom. Convicção com força e propriedades para tecer uma consciência moral ilibada e sustentar uma conduta que está, radicalmente, na contramão de toda e qualquer suspeita de corrupções e de desmandos. Outra não é a razão que move o coração de quem compreende que o chamado de Deus para consagrar sua vida ao serviço do Evangelho é um mistério de amor. Ele mesmo, o Papa João Paulo II, se expressou a respeito disso, dizendo que não se trata de uma questão de evidências, mas sim de amor. Sua força modifica os corações, limpa a mente e ilumina, com propriedade singular, a inteligência que se emprega nas escolhas, nas decisões e na produção de avanços que precisam marcar o caminho neste tempo.
O Papa João Paulo II, para além de avaliações meramente ideológicas, que é um critério possível, - porém, jamais deve ser o primeiro para avaliar a grandeza de uma pessoa - é uma referência cujos traços completos inspiram, questionam. E também se tornam convocação para um entendimento diferente sobre a vida, instigando na direção de comprometimentos com incidências marcantes nos âmbitos social, cultural, religioso e político. Seu pontificado, longo e fecundo, marcou os cenários do turbulento segundo milênio; do século 20 com suas fortes cenas, muitas vezes de sangue; levando a Igreja a adentrar no terceiro milênio apostando diferente, a descortinar perspectivas novas no diálogo com as ideologias e as opções políticas. A produzir referências regulatórias nas relações entre povos, culturas e nações. Tudo isso sem abrir mão do que define o sentido completo da dignidade de toda pessoa humana, bem como do compromisso das instituições, inclusive, e em particular, da Igreja, de não renunciar à fidelidade que devem à verdade, ao bem e à justiça no amor, o único caminho para a garantia do equilíbrio que o mundo carece.
Assim como na garota, em nós fica a forte presença de João Paulo II. Referência admirável pela força de sua capacidade de mobilização, apontando sempre o Cristo, o Ressuscitado Redentor; aquele para quem ele convidou no início do seu ministério como sucessor do apóstolo Pedro, em 22 de outubro de 1978. Todos são convidados a escancarar as suas portas: do coração, da casa, das culturas e das sociedades, muitas vezes fechadas sobre si mesmas, nutrindo-se de parâmetros ideológicos preconceituosos, dissimuladores da incondicional liberdade humana e da oportunidade da vivência da fé como um patrimônio irrenunciável, sob pena de perder ganhos e rumos na vida e na história. Homem de Deus, do diálogo com todos, de coragem nas posturas, convicto em tudo. Simples, próximo e também amparado pela proteção da Virgem Maria, uma devoção que lhe valeu sustento - dela Totus Tuus. O Bem Aventurado João Paulo II, nosso intercessor, sempre lembrando o João de Deus que passou aqui.
Fonte: CNBB
JOÃO DE DEUS APAIXONADO POR CRISTO

Dom Filippo Santoro
Bispo de Petrópolis – RJ

Neste domingo, 1º de maio, festa da Divina Misericórdia, o Papa João Paulo II será Beatificado, em missa e ato presididos pelo seu predecessor, Bento XVI. Como aconteceu em sua morte, vemos milhares de pessoas indo para Roma, para Praça São Pedro, com único objetivo, participar da missa, aguardando o momento, quando João Paulo II será declarado beato.
A ida de pessoas de todas as partes do mundo à Praça São Pedro e o interesse das pessoas em acompanhar pela TV, rádio, internet e outros meios, a beatificação de João Paulo II, revela-se nestes dias o aspecto mais tocante no encontro com este papa, seja diante de imensas multidões como no relacionamento pessoal: a sua profunda humanidade.
Ele tinha uma particular intensidade afetiva que conquistava; mas isso não explica tudo. No seu olhar intenso e no seu abraço comovido revelava-se um outro amor, uma outra presença. O papa com a sua humanidade era sinal vivo do amor sem medida de Cristo. Por isso, as pessoas, particularmente os jovens, sentiam um fascínio único e especial: encontravam alguém ferido e apaixonado por Cristo e, por isso, sensível, solidário, amante da vida.
Como são pálidas as tentativas de classificar este papa em esquemas ideológicos de conservadorismo e progressismo ou de projeto restaurador; a única sua preocupação foi indicar a presença de Cristo vivo agora na história, fonte de esperança para a Igreja e para o mundo inteiro, em particular, para os aflitos e para os pobres. O seu olhar não estava voltado na defesa de uma instituição eclesiástica contra os ataques da modernidade e da tecnologia, mas sim a fixar a presença de Cristo, experimentado como vencedor do mal e início de um mundo novo. A defesa da ortodoxia era a defesa de uma experiência preciosa de vida; era o anúncio de Cristo como caminho de plenitude humana contra toda forma de vazio e de desespero. O sofrimento dos últimos anos e dos últimos dias do papa foi o ponto alto da entrega da sua humanidade no seguimento de Jesus.
Desde o primeiro dia de seu pontificado, convidava todos, e não apenas os católicos, a abrir, aliás, a escancarar as portas a Cristo e, com um acento e um vigor totalmente novo, convidava os vastos campos da cultura, da política e da economia, a percorrer a aventura do encontro com o Mistério feito homem. “Cristo, centro do cosmos e da história”, dirá na primeira encíclica “Redemptor Hominis”, segundo a melhor teologia do apóstolo Paulo.
Para levar a todos este anúncio, o Papa se fez missionário em todas as partes do mundo e, particularmente, nas situações mais críticas e delicadas, com uma intrepidez surpreendente. Não teve medo de ninguém, nem das críticas de quantos o acusavam de ir contra a mentalidade dominante no mundo, ou de sair fora dos esquemas da burocracia eclesiástica. Quanto mais firme e sem fáceis descontos mostrava-se a sua mensagem, mais era procurado, particularmente pelos jovens. Mostrou firmeza, coragem e paixão missionária, exatamente quando a Igreja católica começava a viver o complexo de inferioridade diante do mundo e o anúncio de Cristo parecia reduzir-se a um genérico humanismo secular, súdito das ideologias dominantes do momento. Filosofo e agudo expoente da fenomenologia, era atento conhecedor da cultura moderna e contemporânea. Vacinado contra a ideologia marxista e profundamente critico do capitalismo consumista, o Papa proclama incansavelmente o valor insuperável da pessoa humana e da sua dignidade na vida familiar, na convivência social e na ordem econômica e política.
Coloca-se também na vanguarda da luta contra os grandes sistemas totalitários do século XX: o nazismo e o comunismo marxista. E esta posição não é conduzida por meio de reflexões puramente acadêmicas, mas no envolvimento direto pela causa da liberdade dos povos e das consciências. Um papel decisivo é-lhe reconhecido na queda do regime soviético, mas também é intransigente a sua luta em prol da paz em todos os conflitos, particularmente na oposição à guerra no Iraque.
A liberdade para ele não podia ser separada da sua relação com a verdade que, com o seu esplendor, é ponto de referência último da vida da pessoa e da sociedade. Da ligação entre liberdade e verdade depende a firme luta pelos valores éticos no campo da defesa da vida e da sexualidade, contrariando muito pensamento dominante, marcado pela idolatria do mercado e pelo domínio de uma técnica separada de qualquer ponto de referência ético. E neste ponto proclama a unidade de ciência, técnica e ética, indispensável como garantia dos direitos humanos, particularmente dos mais pobres. E aqui se revela a sua insistência na missão social da igreja e na opção pelos pobres que é o transbordar da paixão por Cristo, que incide profundamente na mudança das situações injustas da história. Um papa que avança para as águas mais profundas da santidade e ao mesmo tempo da solidariedade e da justiça; que tem como horizonte não apenas a Igreja, mas o mundo e a vida dos povos.
Outro aspecto inconfundível do pontificado de JPII foi a busca da unidade entre os cristãos e o diálogo com judeus, muçulmanos e fiéis de outras religiões. Os dois encontros de Assis, com lideranças religiosas, constituem uma novidade total no caminho para superar divisões seculares antigas incompreensões. Com grande coragem e humildade pediu perdão em nome dos católicos de todos os tempos, movido unicamente pelo desejo da verdade. Memorável foi também, depois da visita à sinagoga de Roma, o encontro com os hebreus em Jerusalém e sua oração perto do Muro das Lamentações. Entrou em sinagogas e mesquitas, rezou com hebreus e muçulmanos, denunciou a falsidade da teoria do choque de civilizações e, em várias circunstâncias, insistiu sobre o fato que as três religiões abraâmicas são chamadas a ser uma defesa da fé e da civilização contra o domínio de uma visão ateia e puramente mercantilista do mundo.
Tive a oportunidade de acompanhar de perto João Paulo II na visita ao Rio em ’97 e o que mais me impressionou, além dos inesquecíveis momentos do Maracanã e do Aterro, foi a presença cada dia mais maciça do nosso povo mais simples que descia dos morros para cruzar só por um instante o seu olhar e pedir com toda confiança: “Sua bênção, João de Deus”!
Fonte:CNBB
ACOMPANHE PELA TV CANÇÃO NOVA A BEATIFICAÇÃO DO PAPA JOÃO PAULO II

SÁBADO, 30/04
- 07h00 - Especial João Paulo II
- 10h30 (15h30 em Roma) – Flash
- 13h - Documentário "Um santo entre nós"
- 13h55 (18h55 em Roma) - Flash
- 18h00 (23h00 em Roma) – Vigília
- 19h53 (24h53 em Roma) – flash
- 20h00 - Programa especial João Paulo II

DOMINGO, 01/05
- 05h (10h00 em Roma) - Missa beatificação *transmissão ao vivo
- 10h30 (14h30 em Roma) - flash
- 13h (18h00 em Roma) – flash
- 14h55 (19h55 em Roma) – flash
- 17h30 - Programa ao vivo - Melhores momentos e testemunhos

SEGUNDA, 02/05
- 05h30 (10h30 em Roma) - Missa em ação de graças *transmissão ao vivo
- 08h30 (13h30 em Roma) – flash
- 10h15 (15h15 em Roma) – flash
- 13h53 (18h53 em Roma) – flash
- 19h30 - Telejornal com as informações sobre a beatificação
PALAVRA DO COORDENADOR

VIVER A PÁSCOA !!!

Caríssimos irmãos do Grupo de Vida João Paulo II. Queridos seguidores e internautas deste maravilhoso blog. Estamos vivendo um tempo muito especial, que é o Tempo Pascal, onde comemoramos a ressurreição de Jesus Cristo.
Estamos alegres, pois Jesus ressuscitou e, com ele, ressuscitamos também nós; e começaremos a viver, assim, uma vida nova, se fizermos o propósito de mudar alguma coisa, para que os outros possam perceber em nós que Cristo está vivo.
Por isso, Viver a PÁSCOA “é ser capaz de mudar, é partilhar a vida na esperança. É lutar para vencer toda sorte de sofrimento. É dizer sim ao amor e á vida, é investir na fraternidade, é lutar por um mundo melhor. É ajudar mais gente a ser gente, é viver em constante libertação, é crer na vida que vence a morte”.
Que durante os cinqüentas dias da Páscoa, preparamo-nos para ser testemunhas da ressurreição, e participar ativamente da vida da comunidade. É essa a tarefa recebida por nós, na Semana Santa.

Desejo a todos uma excelente Páscoa. Que além de muitos ovos de chocolate, vocês possam também renascer e renovar!

FELIZ PÁSCOA!!!
Sem. Luiz Carlos Alves da Silva - Coordenador

LITURGIA DIÁRIA

“OITAVA DA PÁSCOA”

Desde os primeiros anos de sacerdócio, a celebração da Eucaristia foi não só o dever mais sagrado, mas sobretudo a necessidade mais profunda da alma” (Papa João Paulo II)

“Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes”.



Primeira Leitura: At 4,13-21
Sl: 117
Evangelho: Mc 16,9-15


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Seminarista junior agradece experiência da semana santa em Ceará- Mirim

      Quero agradecer a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, nas pessoas do Pe Bianor, Pe Joãozinho, e Pe Sidney que me acolheram durante a semana santa em Ceará Mirim. Em especial, agradeço ainda, a comunidade de Primeira Lagoa que me ajudou a vivenciar os grandes mistérios de Deus no mundo. Vocês marcaram a minha vida e sem dúvida irei levá-los no coração para sempre. Que a Virgem Maria interceda por todo vocês. Muito obrigado!

O PEREGRINO DE DEUS, O PEREGRINO DA PAZ

Dom Bruno Gamberini
Arcebispo Metropolitano de Campinas – SP

Prezados irmãos e irmãs
No dia 02 de abril de 2005, véspera do 2º Domingo da Páscoa, o “Domingo da Divina Misericórdia”, o Papa João Paulo II, homem de Deus e da Igreja, homem simples do povo, entregou sua alma a Deus, após muitos sofrimentos físicos e depois de quase 27 anos à frente da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O lema que o Cardeal Woytila, de Cracóvia na Polônia, tinha escolhido era composto de duas palavras “totus tuus”, início de um hino de louvor e súplica à Santíssima Virgem Maria, a quem o Papa dedicara sua vida e a consagrou.
Todo teu sou, ó Maria! Assim ele viveu e, quando sofreu o atentado que quase o matou na Praça São Pedro, era 13 de maio, Nossa Senhora de Fátima, a quem o Papa atribuiu “a mão que desviou projétil” para que ele não morresse.
Quantos trabalhos e viagens pelo mundo! O Papa João Paulo II foi chamado “o Peregrino de Deus, o Peregrino da Paz”. A muitíssimos países, povos e nações visitou e a todos fazia ecoar as suas primeiras palavras na homilia do início do seu pontificado em outubro de 1978: “Abri as portas para o Senhor!”. E ele ainda reforçava “Abri as portas, ou melhor, escancarai as portas para o Senhor. Não tenhais medo de Jesus Cristo”.
João Paulo II, na sua primeira visita ao Brasil, foi recebido com o canto: “A bênção, João de Deus, nosso povo te abraça. Tu vens em missão de paz. Sê bem vindo e abençoa este povo que te ama. A bênção João de Deus”. E a cada vez que grupos de peregrinos ou mesmo nós, Bispos do Brasil, em Roma, cantávamos este refrão, João Paulo II parava e dirigia um sorriso ou um gesto carinhoso para aquele grupo no meio de tantos outros que o saudavam.
No ano de 2000, o ano do Grande Jubileu e do Perdão, o Papa convidou a todos para entrar no terceiro milênio da encarnação e nascimento de Jesus Cristo, com festas e solenidades, mas sem deixar de lembrar o perdão, a reconciliação com Deus e com os irmãos. Ele mesmo foi ao encontro dos judeus e colocou no muro do templo em Jerusalém o pedido de perdão e reconciliação de toda a Igreja. Convidou as religiões e igrejas cristãs ao encontro da paz e devoção em Assis, pondo em prática os documentos do Concílio Vaticano II, do qual era fiel sustentáculo e incentivador. Durante seu pontificado convidava a todos a buscar e a viver a santidade.
João Paulo II foi o homem da paz ao proclamar contra os que diziam que faziam a guerra em nome de Deus. Ele dizia “Guerra nunca mais! Eu o proclamo em nome da humanidade”. O único que poderia falar em nome de Deus não usurpou este direito e preferiu falar em nome das pessoas e dos pequeninos “Guerras nunca mais”.
No dia do seu sepultamento, juntou-se em Roma uma multidão de mais de quatro milhões de pessoas vindas de todas as partes do mundo. Era bela e inusitada a afluência de tantos jovens no enterro do velho papa.
Na frente da Basílica de São Pedro, junto ao corpo de João Paulo II, os Bispos, Sacerdotes, Religiosos e quantas autoridades de tantos países. Ele, ainda na sua morte, trouxe para junto de si governantes ou representantes de países que estavam em conflitos. O Papa morto ainda falava e ensinava a paz.
O povo aclamava “Santo Súbito”. Seja declarado Santo já, agora. Santo Imediatamente.
O cardeal que presidiu no dia 08 de abril de 2005 a missa Solene de Exéquias, Joseph Ratzinger, foi eleito o sucessor de João Paulo II com o nome de Bento XVI, e será ele, que ouviu a aclamação do povo, “Santo Súbito”, que neste domingo da Divina Misericórdia, 1º de maio de 2011, Dia do Trabalhador, proclamará Bem Aventurado, o Bispo da Santa Igreja, o Papa João Paulo II.
E nós, felizes e sinceros, na verdade da nossa fé, faremos ecoar por todo o mundo: Bem Aventurado João Paulo II.
Rogai por nós.
Amém! Aleluia!
O PAPA QUE AMOU OS JOVENS, OS JOVENS QUE AMOU O PAPA


João Paulo II exercia grande fascínio sobre os jovens, aos quais dizia: “Podem me chamar de Karol”. Sabia atraí-los a si e, quando eles vinham, dizia-lhes que o centro era Cristo.
Não tinha o menor receio de falar-lhes, por exemplo, sobre o significado do insucesso, sobre a renúncia, sobre a aceitação do sofrimento e da cruz. Não se preocupava em lhes esconder a velhice e a doença, num mundo que cultua a juventude e a boa forma física.
Em 1985, Ano Internacional da Juventude, escreve uma Carta aos Jovens do mundo todo. Também, nesse mesmo ano, criou as Jornadas Mundiais da Juventude, realizadas a cada dois anos e que mobilizam milhões de jovens. Foram 19 jornadas durante seu pontificado. E, naquela que viria a ser sua última semana de vida, aos jovens concentrados na Praça de São Pedro disse: “Eu procurei vocês. Agora, vocês vêm a mim. Por isso lhes agradeço”.

AGRADECER É UM DOS SENTIMENTOS MAIS BONITOS QUE UM CRISTÃO PODE TER

 Vivendo estes primeiros dias de festa pela Ressurreição do Senhor, quero agradecer de modo muito especial ao Padre Mário e seus paroquianos da cidade de Monte das Cameleiras, na qual exerci meus trabalhos no período da Semana Santa. Que foram dias bem vividos e exercidos para aquela porção do povo de Deus. Na qual, pude perceber a beleza de ser um servo de Deus no meio do seu povo que o ama tanto. Só posso louvar a Deus por essa oportunidade que Ele me concedeu.
Em fim, agradecer também as famílias que me acolheram em suas casas: Dª Arlete e Nelson; Dª Marinez e Salvador; Dª Gorete e Evaldo; Dª Nevinha e Tota, Dª Maria e Genival e Dª Terezinha e seu Dedé no Sitio Olho D’água. A todos estes meu muito obrigado! Que Deus os ilumine sempre com muita Paz, Saúde e União.

INFORMAÇÃO SOBRE A BEATIFICAÇÃO DO VENERÁVEL SERVO DE DEUS JOÃO PAULO II

30 de Abril - Vigília de oração no Circo Máximo
A vigília de preparação iniciar-se-á pelas 21h e terminará pelas 22h30. Será organizada pela Diocese de Roma, da qual foi Bispo o Venerável Servo de Deus. Presidirá o Cardeal Agostino Vallini. O Santo Padre Bento XVI unir-se-á espiritualmente através de conexão vídeo.

01 de Maio – Celebração da Beatificação na Praça de São Pedro
A celebração da beatificação terá início às 1h e será presidida pelo Santo Padre. A participação na celebração não requer ingressos. No entanto, o acesso à Praça e às zonas adjacentes estará sob vigilância do Serviço de Segurança Pública.

01 de Maio – Veneração dos restos mortais do novo Beato
Uma vez concluída a cerimônia de beatificação, os restos mortais do novo Beato serão expostos para veneração diante do Altar da Confissão na Basílica de São Pedro, até que se esgote o fluxo de fiéis.

02 de Maio - Missa de ação de graças na Praça de São Pedro
A Missa começará pelas 10h30 e será presidida pelo Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado.

“Ponte de Deus”

Seminarista Idelbrando M. Basílio
3º ano do Curso de Teologia do Seminário São Pedro

Olhando para o sacerdócio cristão, no decurso da história até nossos dias, não vejo outra imagem que melhor defina o Padre, senão, uma ponte, que liga o homem a Deus. O padre, sem dúvida, revestido de um poder sagrado, é aquele que destrói muros, barreiras fazendo-se ponte numa ligação direta da humanidade com Deus através de suas simples, e ao mesmo tempo, poderosíssimas armas: a oração, o testemunho, a misericórdia e o perdão dos pecados. Assim deve ser o padre: voltado para o alto, com os pés na terra, ao mesmo tempo, pequeno e grande, porque a vocação sacerdotal é para a santificação do mundo, algo que, segundo o santo cura d’Ars, “só será compreendido no céu”.
Talvez, no mundo de hoje, esta imagem esteja perdendo seu sentido pleno. O Santo padre (Bento XVI) em sua homilia por ocasião do encerramento do ano sacerdotal disse: “O sacerdote não é simplesmente o detentor de um ofício, com o qual se realiza uma função na sociedade”. O sacerdote é grande porque faz algo que nenhum outro ser humano, por si mesmo, pode fazer: “pronuncia em nome de Cristo a palavra da absolvição dos nossos pecados e pronuncia sobre as ofertas do pão e do vinho as palavras de agradecimento de Cristo que são palavras de transubstanciação”, em outras palavras, é um outro Cristo.
Hoje se fala muito em padres pedófilos, homossexuais, ‘mercenários’, etc., o que não deixa de ser desvios morais graves que marcam profundamente a vida sacerdotal, mas não existe ferida mais dolorosa na vida da Igreja que um padre que não seja homem da Palavra, da Eucaristia, do perdão, da escuta, um místico! Um padre que não tem uma mística é um sacerdote vazio de sentido de sua própria existência sacerdotal, cumprindo a ‘profecia’ do teólogo alemão Karl Rahner: “O cristão (sacerdote) do século XXI, ou será um místico, ou será um louco”; é deste vazio que brota um sacerdócio identificado como mera função pela qual se realiza algo na sociedade.
O sacerdócio, em sua plenitude, não se configura simplesmente num ofício, nem muito menos, objeto de perjúrio da sociedade – laica - que, cada vez mais, perde a dimensão sacramental desta realidade e ver nela, somente uma função meramente eclesiástica, mas antes, é um sacramento. Com isso, conclui-se que, se o sacerdócio vem do coração de Deus, numa sociedade na qual “Deus está morto”, então o sacerdócio, na visão do mundo de hoje, perdeu sua Sacralidade transformando-se numa função como qualquer outra, desempenhada por qualquer um.
Que todos os sacerdotes possam, com sua própria vida, testemunhar a mesma fidelidade a Cristo vivida pelo “cura de aldeia”, e rezar para que o coração de Deus suscite, sempre mais, santos sacerdotes no mundo. Oremos em favor deles para que vos torneis (sacerdotes) aquilo que és: homem de Deus para o povo; e sabendo livrar-se das ciladas da sociedade “sem Deus”, reconheçam que a grandeza deste sacramento, consiste em Deus servir-Se de um pobre homem, cheio de falhas, limitações, angústias, medos como qualquer outro, a fim de, revestindo-O de um poder sagrado e, através dele, estar presente para os homens, agindo em seu favor. Que todos os sacerdotes possam ser esta ponte de Deus, na qual, “a humanidade e Deus se abraçam continuamente”.

LITURGIA DIÁRIA

“OITAVA DA PÁSCOA”

A celebração da Eucaristia não pode deixar de ser para ele (o sacerdote) o momento mais importante do dia, o centro de sua vida” (Papa João Paulo II)

“A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra angular”.


Primeira Leitura: At 4,1-12
Sl: 117
Evangelho: Jo 21,1-14


Ao deixar esta terra abençoada do Brasil, eleva-se na minha alma um hino de ação de graças ao Altíssimo, que me permitiu viver aqui horas intensas e inesquecíveis, com o olhar fixo no Cristo Redentor. Na minha memória ficarão para sempre gravadas as manifestações de entusiasmo e de profunda piedade deste povo generoso da terra da Santa Cruz que, junto à multidão de peregrinos provindos dos quatros cantos do mundo, soube dar uma pujante demonstração de fé em Cristo e de amor pelo Sucessor de Pedro. Peço a Deus que proteja e abençoe todas as nações do globo, com abundantes graças de conforto espiritual, e ajude a dar passo seguro àquelas iniciativas, que todos esperam, pelo bem comum da grande Família humana e de cada povo que a compõe. Tende a certeza de que levo a todos no meu coração, donde brota a Benção que vos concedo e que faço extensiva a todos os Povos da America Latina e do Mundo”. (Papa João Paulo II)

quinta-feira, 28 de abril de 2011


VOCAÇÃO: UM MISTERIOSO CHAMADO

Willian Bruno dos Santos Costa
Seminarista - Natal/RN 

Percebemos em toda a história da humanidade a Bondade Copiosa que permuta o Coração Sagrado de Deus em sempre escolher homens e mulheres para que, juntamente com o Seu Divino auxílio, desempenhar tarefas em Seu Nome, para santificação e exaltação do Seu povo e da Sua Esposa querida, a Igreja. Sendo assim, o chamado se realiza de maneira misteriosa, indecifrável e até mesmo silenciosa. Alguns sentem exaltações físicas; outros são convidados por “anjos humanos”, que trouxeram a mensagem do Céu; alguns ainda se aprofundaram na certeza de uma mística envolvente e tocante. Mas, a certeza que temos, é que este chamado todo especial vem de Deus, no qual é confirmada pela Igreja pela imposição das mãos, no caso dos candidatos ao sacerdócio ministerial, do qual me deterei especificamente.
Queridos irmãos e irmãs, como é infinitamente grande o dom da vocação. Não se alega por uma vangloria exagerada e orgulhosa, mas, sim antes de se cobrir com o manto da pura humildade, alegando-se o pior de todos para tal serviço. Jesus Cristo, Senhor e Juiz da História, deixou-nos como dom de Amor a Sua presença não somente na Eucaristia, como também no Sacerdócio. O padre, do qual me sinto chamado a ser, deve ser reflexo da Compaixão exagerada e louca pelos irmãos; no mesmo deve ser refletida, em atitudes concretas e secretas, a presença do Senhor neste “vale de lágrimas”. O sacerdote, bem como desde já o seminarista, deve ser candeeiro a iluminar as trevas do povo de Deus. Deve ser o Bom pastor dos desviados, ao ponto de se gastar dia e noite para poder trazer de volta ao rebanho à desgarrada e rebelde ovelha que se perdera. Evidentemente, tudo isso somente é possível com o auxílio Daquele que nos chama bem como Daquela que é Refugio dos Pecadores, Rainha dos Sacerdotes e intercessora das Vocações. Nossa Senhora, sendo o protótipo por excelência, é para mim presença marcante em minha caminhada vocacional. Desde quando despertou em mim o convite de Deus para tão sublime vocação, que confio aos Seus cuidados maternais a minha tibieza e fragilidade, na firme esperança de ser atendido.
A minha história vocacional é evidentemente pessoal e singular, mais semelhante a muitos que um dia se sentiram chamados para servir a Igreja de Deus como padre. Sinceramente acredito que Deus usou de misericórdia ao me convocar e ainda hoje usa para confirmar-me nesta irrecusável sedução empregada em minha vida. Mas, como servo obediente, rendi-me as intermináveis seduções, iniciadas bem antes, mas somente percebidas em 2004. Desde lá, é preciso renovar a cada dia a canção do Amor que Deus cantou para mim. É necessário cantar também para Ele canções expressivas de abandono e concordância com a Sua Santa Vontade.
Que Deus e Virgem Maria, queridos irmãos e irmãs, ajude-me nesta tempestuosa, mas deliciosa empreitada no qual fui convidado no dia de São João Maria Vianney. Que o seu edificante exemplo, faça brotar em meu ser perfumosas flores para enfeitar o Altar do Deus da Vida, no qual quero me sacrificar hoje e sempre. Amém e Aleluia!



CONHEÇA MAIS SOBRE JOÃO PAULO II

BIOGRAFIA

JOÃO PAULO II FOI O PAPA 264 (263 Sucessor de Pedro).

 

Karol Józef Wojtyła, conhecido como João Paulo II desde sua eleição ao papado em outubro de 1978, nasceu em Wadowice, uma pequena cidade a 50 quilômetros da Cracóvia, a 18 de maio de 1920.
Era o segundo dos filhos de Karol Wojtyła e Emilia Kaczorowska. Sua mãe faleceu em 1929. Seu irmão mais velho, Edmund (médico), morreu em 1932 e seu pai (suboficial do exército), em 1941.
Aos 9 anos fez a Primeira Comunhão, e aos 18 recebeu a Confirmação. Terminados os estudos de ensino médio na escola Marcin Wadowita de Wadowice, matriculouse em 1938 na Universidade Jagelônica da Cracóvia e em uma escola de teatro.
Quando as forças de ocupação nazista fecharam a Universidade, em 1939, o jovem Karol teve de trabalhar em uma pedreira e logo em uma fábrica química (Solvay), para ganhar a vida e evitar a deportação para a Alemanha.
A partir de 1942, ao sentir a vocação ao sacerdócio, seguiu as aulas de formação do seminário clandestino da Cracóvia, dirigido pelo Arcebispo da Cracóvia, Cardeal Adam Stefan Sapieha. Ao mesmo tempo, foi um dos promotores do “Teatro Rapsódico”, também clandestino.
Após a Segunda Guerra Mundial, continuou seus estudos no seminário maior da Cracóvia, novamente aberto, e na Faculdade de Teologia da Universidade Jagelônica, até sua ordenação sacerdotal na Cracóvia a 01 de novembro de 1946. Seguidamente, foi enviado pelo Cardeal Sapieha a Roma, onde, sob a direção do dominicano francês Garrigou-Lagrange, doutorou-se em 1948 em teologia, com uma tese sobre o tema da fé nas obras de São João da Cruz. Naquele período, aproveitou suas férias para exercer o ministério pastoral entre os imigrantes poloneses da França, Bélgica e Holanda
Em 1948 voltou à Polônia e foi vigário em diversas paróquias da Cracóvia e capelão dos universitários até 1951, quando reiniciou seus estudos filosóficos e teológicos. Em 1953, apresentou na Universidade Católica de Lublin uma tese titulada “Avaliação da possibilidade de fundar uma ética católica sobre a base do sistema ético de Max Scheler”. Depois passou a ser professor de Teologia Moral e Ética Social no seminário maior da Cracóvia e na faculdade de Teologia de Lublin.
Em 4 de julho de 1958, foi nomeado por Pio XII Bispo Auxiliar da Cracóvia. Recebeu a ordenação episcopal em 28 de setembro de 1958 na catedral de Wawel (Cracóvia), das mãos do Arcebispo Eugeniusz Baziak.
Em 13 de janeiro de 1964, foi nomeado Arcebispo da Cracóvia por Paulo VI, que o fez cardeal em 26 de junho de 1967.
Além de participar do Concílio Vaticano II (1962-1965), com uma contribuição importante na elaboração da constituição “Gaudium et spes”, o Cardeal Wojtyła tomou parte em todas as assembléias do Sínodo dos Bispos.
Desde o começo de seu pontificado, em 16 de outubro de 1978, o Papa João Paulo II realizou 104 viagens pastorais fora da Itália, e 146 pelo interior desse país.
Também, como Bispo de Roma visitou 317 das 333 paróquias romanas. Entre seus documentos principais se incluem: 14 Encíclicas, 15 Exortações apostólicas, 11 Constituições apostólicas e 45 Cartas apostólicas.
O Papa também publicou cinco livros: “Cruzando o limiar da esperança” (outubro de 1994); “Dom e mistério: no qüinquagésimo aniversário de minha ordenação sacerdotal” (novembro de 1996); “Tríptico romano – Meditações”, livro de poesias (Março de 2003); “Levantai-vos! Vamos!” (maio de 2004) e “Memória e identidade” (fevereiro de 2005).
João Paulo II presidiu 147 cerimônias de beatificação - nas quais proclamou 1338 beatos - e 51 canonizações, com um total de 482 santos. Celebrou 9 consistórios, durante os quais criou 231 (além de 1 “in pectore”) Cardeais. Também presidiu 6 assembléias plenárias do Colégio Cardinalício.
Presidiu 15 Assembléias do Sínodo dos Bispos: 6 ordinárias (1980, 1983, 1987, 1990, 1994, 2001), 1 geral extraordinária (1985), e 8 especiais (1980, 1991, 1994, 1995, 1997, 1998 e 1999).
Nenhum outro Papa encontrou-se com tantas pessoas como João Paulo II: em números, mais de 17.600.100 peregrinos participaram das mais de 1160 Audiências Gerais que se celebram nas quartas-feiras. Esse número não inclui as outras audiências especiais e as cerimônias religiosas (mais de 8 milhões de peregrinos durante o Grande Jubileu do ano 2000) e os milhões de fiéis que o Papa encontrou durante as visitas pastorais efetuadas na Itália e no restante do mundo. Devem-se recordar também as numerosas personalidades de governo com as quais manteve encontros durante 38 visitas oficiais e as 738 audiências ou encontros com chefes de Estado e 246 audiências e encontros com primeiros-ministros.
João Paulo II, faleceu no dia 2 de abril, às 21h37 (horário de Roma). Seu pontificado, de quase 27 anos, foi o terceiro mais longo da história da Igreja.