segunda-feira, 28 de maio de 2012

Giuseppe Toniolo: economista, pai de família e beato


dia 29 de abril, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, Giuseppe Toniolo foi proclamado beato

No fim do mês de abril, a Igreja Católica proclamou beato o “economista de Deus”, Giuseppe Toniolo. Além de renomado economista e professor universitário, ele foi casado com Maria Schiratti, teve sete filhos e viveu uma experiência de família rica em ternura e oração.
Com a aproximação do Encontro Mundial das Famílias, em Milão, o beato Giuseppe Toniolo é um exemplo de harmonia entre o trabalho e a família.
O postulador da causa e bispo de Assis, na Itália, Dom Domenico Sorrentino conta que, mesmo em meio a tantas viagens a trabalho, o beato nunca se esquecia de sua família, sempre escrevia, mesmo que brevemente, para sua esposa e filhos.
“Ele fazia com que a mulher e toda família participassem de todo seu trabalho. Isso é lindo, porque as pessoas, ocupadas com as questões sociais, parecem ver sempre a família como um refúgio para quando estão cansados. Ele, ao invés disso, a leva consigo”, destaca o postulador da causa em entrevista ao programa "No Coração da Igreja", transmitido pela Tv Canção Nova.
Giuseppe Toniolo viveu, na Itália, entre 1845 e 1918. Foi promotor das "Semanas Sociais" dos católicos italianos. No dia 29 de abril, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, uma celebração presidida pelo Cardeal Salvatore De Giorgi proclamou-o beato.
Foi uma festa para a Ação Católica Italiana, a qual o teve como um de seus presidentes, e para a Federação Universitária Católica Italiana (FUCI), que primeiro promoveu a causa de sua beatificação.
Fermento do Evangelho na cultura e na sociedade
Ele nasceu em Treviso, mas viveu depois em Padova, Veneza e Pisa, até falecer em Pieve di Soligo. Toniolo foi um economista de fama internacional e precurssor da entrada dos católicos na vida política e social italiana, como recorda ainda Dom Domenico Sorrentino.
“Foi um homem de iniciativa, um homem de esperança, um homem de pensamento aberto. Queria que a cultura católica retomasse, de qualquer maneira, todas as iniciativas que, por motivos históricos, foram, de qualquer modo, manchadas. É a mensagem que ele nos deixa ainda hoje, num momento histórico não menos dramático. Ele pede para sermos fermento do Evangelho na cultura e na sociedade”, enfatiza.
 Para o postulador, é interessante que o milagre, o qual o levou à beatificação - a cura daquele jovem gravemente ferido depois de uma queda -, tenha ocorrido em meio a uma crise econômica mundial. Ele recorda que para o beato a política e a economia estão a serviço da pessoa e da sociedade civil.
O economista italiano dizia que, quando não se cria o equilíbrio certo entre estas duas dimensões, o resultado é certamente prejudicial, tanto para a sociedade quanto para a economia.
Professor e mestre
Toniolo foi um docemente universitário apaixonado, capaz de oferecer as próprias habilidades a serviço dos outros. Ele chamava seus alunos de “sagrado depósito e amigos de coração”.
“É lindo ler, em seus diários, como ele queria tratar os estudantes universitários, como ‘sagrado depósito e amigos de coração’; justamente por isso, vê-se como não lhe interessa somente o aspecto didático, mas também o ser mestre e guia espiritual para fazer crescer, em plenitude, a pessoa que tinha diante de si”, salienta o presidente da FUCI, Alberto Ratti.
Para Dom Domenico, Toniolo é um homem que dá o testemunho cristão e mostra o que é a santidade laica. Um beato leigo que pode ser exemplo em todos os aspectos da vida cotidiana.
O 7º Encontro Mundial das Famílias começa, nesta quarta-feira, 30, e segue até o domingo, 3 de junho.

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