dia 29 de abril, na
Basílica de São Paulo Fora dos Muros, Giuseppe Toniolo foi proclamado beato
No fim do mês de abril,
a Igreja Católica proclamou beato o “economista de Deus”, Giuseppe Toniolo.
Além de renomado economista e professor universitário, ele foi casado com Maria
Schiratti, teve sete filhos e viveu uma experiência de família rica em ternura
e oração.
Com a aproximação do Encontro
Mundial das Famílias, em Milão, o beato Giuseppe Toniolo é um exemplo de
harmonia entre o trabalho e a família.
O postulador da causa e
bispo de Assis, na Itália, Dom Domenico Sorrentino conta que, mesmo em meio a
tantas viagens a trabalho, o beato nunca se esquecia de sua família, sempre
escrevia, mesmo que brevemente, para sua esposa e filhos.
“Ele fazia com que a
mulher e toda família participassem de todo seu trabalho. Isso é lindo, porque
as pessoas, ocupadas com as questões sociais, parecem ver sempre a família como
um refúgio para quando estão cansados. Ele, ao invés disso, a leva consigo”,
destaca o postulador da causa em entrevista ao programa "No Coração da
Igreja", transmitido pela Tv Canção Nova.
Giuseppe Toniolo viveu,
na Itália, entre 1845 e 1918. Foi promotor das "Semanas Sociais" dos
católicos italianos. No dia 29 de abril, na Basílica de São Paulo Fora dos
Muros, uma celebração presidida pelo Cardeal Salvatore De Giorgi proclamou-o
beato.
Foi uma festa para a
Ação Católica Italiana, a qual o teve como um de seus presidentes, e para a
Federação Universitária Católica Italiana (FUCI), que primeiro promoveu a causa
de sua beatificação.
Fermento
do Evangelho na cultura e na sociedade
Ele nasceu em Treviso,
mas viveu depois em Padova, Veneza e Pisa, até falecer em Pieve di Soligo.
Toniolo foi um economista de fama internacional e precurssor da entrada dos
católicos na vida política e social italiana, como recorda ainda Dom Domenico
Sorrentino.
“Foi um homem de
iniciativa, um homem de esperança, um homem de pensamento aberto. Queria que a
cultura católica retomasse, de qualquer maneira, todas as iniciativas que, por
motivos históricos, foram, de qualquer modo, manchadas. É a mensagem que ele
nos deixa ainda hoje, num momento histórico não menos dramático. Ele pede para
sermos fermento do Evangelho na cultura e na sociedade”, enfatiza.
Para o postulador, é interessante que o
milagre, o qual o levou à beatificação - a cura daquele jovem gravemente ferido
depois de uma queda -, tenha ocorrido em meio a uma crise econômica mundial.
Ele recorda que para o beato a política e a economia estão a serviço da pessoa
e da sociedade civil.
O economista italiano
dizia que, quando não se cria o equilíbrio certo entre estas duas dimensões, o
resultado é certamente prejudicial, tanto para a sociedade quanto para a economia.
Professor
e mestre
Toniolo foi um
docemente universitário apaixonado, capaz de oferecer as próprias habilidades a
serviço dos outros. Ele chamava seus alunos de “sagrado depósito e amigos de
coração”.
“É lindo ler, em seus
diários, como ele queria tratar os estudantes universitários, como ‘sagrado
depósito e amigos de coração’; justamente por isso, vê-se como não lhe
interessa somente o aspecto didático, mas também o ser mestre e guia espiritual
para fazer crescer, em plenitude, a pessoa que tinha diante de si”, salienta o
presidente da FUCI, Alberto Ratti.
Para Dom Domenico,
Toniolo é um homem que dá o testemunho cristão e mostra o que é a santidade
laica. Um beato leigo que pode ser exemplo em todos os aspectos da vida
cotidiana.
O 7º Encontro Mundial
das Famílias começa, nesta quarta-feira, 30, e segue até o domingo, 3 de junho.
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