Durante a Missa, o Papa deu sua benção a uma família indiana
O Papa Bento XVI
celebrou, na Basílica Vaticana, na manhã deste domingo, 27, a Santa Missa na
solenidade de Pentecostes, “festa da união, da compreensão e da comunhão
humana”.
Em sua homilia, o Santo
Padre destacou que atualmente, mesmo com o desenvolvimento dos meios de
comunicação e com “encurtamento” das distâncias geográficas, a compreensão e a
comunhão entre as pessoas parecem ser sempre superficiais e difíceis. Então ele
questiona: “Nesta situação, podemos encontrar realmente e viver aquela unidade
que precisamos?”.
O Papa recorda da
antiga história da construção da Torre de Babel (cfr Gen 11,1-9), onde os
homens acreditavam não precisar mais de Deus e queriam sozinhos construir um
caminho que os levasse ao céu para abrir as portas e colocarem-se no lugar de
Deus.
“Também no nosso mundo,
com o progresso das ciências e das técnologias encontramos o poder de dominar
as forças da natureza, de manipular os elementos, de fabricar seres vivos, chegando
quase ao próprio ser humano, rezar a Deus parece algo ultrapassado, inútil,
porque nós mesmos podemos construir e realizar tudo aquilo que queremos. Mas
não notamos que estamos revivendo a mesma experiência de Babel”, salienta o
Pontífice.
O Santo Padre aponta a
resposta para este conflito está na Sagrada Escritura, no episódio de
Pentecostes. Naquela manhã, 50 dias depois da Páscoa, um vento forte soprou
sobre Jerusalém e a chama do Espírito Santo desceu sobre os discípulos
reunidos, pousou sobre cada um e acendeu neles aquele fogo divino, um fogo de
amor capaz de transformar. Em Pentecostes, onde existia divisão e
estranhamento, nasceu unidade e compreensão.
“E assim, torna mais
claro porque Babel é Babel e Pentecostes é Pentecostes. Onde os homens querem
fazer-se Deus, somente colocam-se uns contra os outros. Onde, em vez,
colocam-se na verdade do Senhor, abrem-se para a ação do Espírito que os
sustenta e os une. Queridos amigos, devemos ser segundo o Espírito de unidade e
verdade, e para isso devemos rezar para que o Espírito nos ilumine e nos guie
para vencer o fascínio de seguir nossa verdade, e para acolher a verdade de
Cristo transmitida na Igreja”, enfatizou.
Como em Pentecostes,
concluiu Bento XVI, a Igreja hoje se recolhe com a Virgem Maria para rezar:
“Veni Sancte Spiritus! – Vem, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos
fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor!”
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