domingo, 30 de outubro de 2011

LITURGIA DIÁRIA



1ª Leitura - Ml 1,14b - 2,2b.8-10

MEDITANDO A PALAVRA


31º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Autenticidade na vida cristã

Na liturgia de hoje, Jesus afirma a autoridade dos que assumem a tarefa de ensinar; exortando, e ao mesmo tempo, chama a atenção para que assumindo a liderança da comunidade, observem o que ensina. Orienta-nos para que a conduta do líder não seja um contraste com o que ensina; pois isso é sinal de infidelidade à missão assumida.

Um dos primeiros contrastes apontado por Jesus é o acúmulo de observâncias exigidas do povo que não fazem parte do cerne da fé. Deus não quer de nós observâncias externas, mas apenas o nosso coração. É dever nosso como lideres ou não, ajudar as pessoas a encontrar o sentido da fé.

Outra chamada de atenção é com relação à hipocrisia por parte daquelas pessoas que estão à frente da comunidade só para que sejam tratadas com honrarias, e gostam de ser reconhecidas como “mestres”. Com relação a isso, disse Jesus: “um só é vosso mestre”. Ele ensina que sejamos de fato, pessoas humildes; capazes de reconhecer que a palavra proclamada é de Deus. Somos meros instrumentos de Deus na transmissão da mensagem, para a edificação do Reino. Jesus é quem nos ensina como deve ser o nosso comportamento; verdadeiros discípulos: deixar que Cristo, seja o único mestre. É preciso lembrar que, é com o serviço humilde aos irmãos que nos faz mais nobres aos olhos de Deus. Só seremos capazes de nos sentar para ensinar se nos dedicarmos ao serviço fraterno. O mais belo discurso é aquele que se configura com a própria vida.

Por seminarista:

Manoel Alaíde da Silva

sábado, 29 de outubro de 2011

sábado 29-10-2011


Porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele se humilhar será exaltado.
Rm 11,1-2a. 11-12. 25-29
Sm 93(94), 12-13a.14-15.17-18
Lc 14,1.7-11

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

LITURGIA DIÁRIA


Passou a noite toda em oração. Escolheu doze dentre os discípulos, aos quais deu o nome de apóstolos

Jesus não quis realizar sozinho a obra do Reino, mas chamou apóstolos e discípulos para serem seus colaboradores. Nós, ao contrário, muitas vezes queremos fazer tudo sozinhos e afirmamos que os outros mais atrapalham que ajudam. Com isso, negamos a principal característica da obra evangelizadora que é a sua dimensão comunitário-participativa, além de nos fazermos auto-suficientes, perfeccionistas e maquiavélicos, pois em nome do resultado do trabalho evangelizador, excluímos os próprios evangelizadores, fazendo com que os fins justifiquem os meios e vivendo a mentalidade do mundo moderno da política de resultados, isto porque muitas vezes não somos evangelizadores, mas adoradores de nós mesmos.

1ª Leitura - Ef 2,19-22

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

MISSÃO EM FOCO


A missão é um assunto muito presente na Igreja pós-conciliar. O decreto Ad Gentes do Concílio Vaticano II - sobre a atividade missionáriada Igreja afirma que "a Igreja peregrina é por sua natureza missionária". Essa declaração foi uma motivação muito forte para o aprofundamento dos conceitos de missão, missionariedade e missionário, presentes constantemente nos projetos do nosso tempo.

Outrora a missão era entendida como a atividade da Igreja entre pagãos, trazendo mais ovelhas para o rebanho do Bom Pastor. tal ideia evoluiu para o ensinamento de que tudo é missão na vida humana. Essa abertura conceitual valoriza a ação do ser humano como protagonista do reino de Deus, revelando que missão não é apenas um tipo de atividade eclesial. Para o crsitão adulto e conciente, a missão não se limita a tarefas da Igreja. Tudo o que ele faz tem uma dimensão missionária, ao desempenhar tanto deveres nitidamente religiosos como qualquer encargo decorrente da sua condição de pessoa. Todo ser humano é missionário quando cumpre qualquer obrigação com a conciência de que está agindo para a maior glória de Deus, para o bem de todas as pessoas e para a contrução de uma história concorde com os padrões da cidadania e conforme os postulados do evangelho.

Neste princípio de século tão confuso e de tantas incoerências, o crsitão é fortemente convocado à missão. Apenas ele, luz do mundo, consegue projetar alguma claridade que ajude o outro a definir-se diante das encruzilhadas e encontar o caminho certo. Somente ele, sal da terra, tem força para impedir que os valores humanos não se destruam numa sociedade insjusta, permissiva, consumista e indiferente ao Deus nela presente. sem dúvida, o esquecimento da missão está contribuindo muito para as ameaças que pesam sobre a humanidade, afastando para um futuro distante o tempo da libertação e da graça, o dia da justia e da convivência fraterna.

Dom Geraldo Majella Agnelo
Cardeal Arcebispo Emérito de Savador

LITURGIA DIÁRIA


Não convém que um profeta morra fora de Jerusalém.

A ameaça de morte não faz com que Jesus se acovarde, a sua resposta é bem clara: ?devo prosseguir o meu caminho, pois não convém que um profeta perece fora de Jerusalém?. Jesus vai seguir o seu caminho até o fim porque a sua fidelidade ao Pai está acima de todas as coisas, inclusive da sua própria vida, que ele vai entregar livremente em Jerusalém para que o homem seja resgatado do reino da morte. O mundo não quer a vida do profeta, não quer que ele chegue a realizar a sua missão e todos os que são do mundo, religiosos ou não, não toleram a presença do profeta, embora a sua morte contribua para a salvação de todos.

1ª Leitura - Rm 8,31b-39

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O CONTO DA VIDA


ASSEMBLÉIA NA CARPINTARIA


Contam que numa carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia.

Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças.

Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar.

A causa ? Fazia demasiado barulho; e além do mais, passava todo o tempo golpeando.

O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.

Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa.

Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.

A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.

Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho.

Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.

Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.

Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão.

Foi então que o serrote tomou a palavra e disse :

-- Senhores ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos.

Assim, não pensemos em nossos pontos fracos e concentremo-nos em nossos pontos fortes.

A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.

Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade.

Sentiram alegria pela oportunidade de trabalharem juntos.

Ocorre o mesmo com os seres humanos.

Basta observar e comprovar.

Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa; ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas. É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo.

Mas encontrar qualidades... isto é para os sábios !

Autor desconhecido

LITURGIA DIÁRIA



1ª Leitura - Rm 8,18-25

domingo, 23 de outubro de 2011

Dia das Missões

Neste trigésimo domingo do tempo comum, Jesus ainda sendo interroga pelos fariseus, deixa explicito os dois amores da vida, Deus e o próximo. Amores que nem sempre conseguimos conciliar. Pois, quando amamos a Deus de verdade consequentemente amamos o próximo. Amor esse, que existe uma relação profunda onde todos nós sabemos, porém não damos a mínima e nem nos esforçamos para vê pelo menos seus resquícios. O amor de Deus para com o homem. E o amor ao próximo requer de nós uma doação, o sair de nós mesmos para compreender a necessidade do outro. No entanto quando não acontece esquecemos- nos destas palavras preciosas: “Façamos o homem nossa imagem e semelhança ”(Gn 1,26). Esquecemos deste olhar diferenciado por nós. Não façamos deste amor um mero instrumento, descartável, que não serve mais. O amor que Deus tem para conosco é tão precioso que Ele quis estar bem próximo de nós, não que ele não pudesse, mas estando como homem. Rebaixando-se de sua natureza para estar conosco. Devemos ter isso bem vivo dentro de nós, não nos esqueçamos a que ponto esse amor chegou; a ponto da cruz. Tenhamos a atitude dos Tessalônicos, acolhamos a Palavra com amor, divulgando-a, propagando por toda parte e, com o nosso testemunho, quem sabe um dia, não precisemos mais falar, pois as pessoas mesmas contarão como nós somos que abandonamos os falsos deuses e servimos o Deus vivo e verdadeiro. Assim, recitaremos com propriedade o refrão do salmo: “Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação”. Deus nos abençoe e amai-vos uns aos outros.

LITURGIA DIÁRIA


Amarás o Senhor teu Deus, e ao teu próximo como a ti mesmo.

1ª Leitura - Ex 22,20-26

sábado, 22 de outubro de 2011

SANTO DO DIA


FESTA DO BEATO JOÃO PAULO II

A data escolhida tem a ver com o início oficial do seu Pontificado. De fato, a 22 de Outubro de 1978, o mundo ficou surpreso quando o primeiro Papa da História nos pediu para não termos medo de acolher Cristo e aceitar o seu poder.

Celebremos com muita alegria a festa dedicada ao beato João Paulo II

Oração

Ó Trindade Santa, nós Vos agradecemos por ter dado à Igreja o Beato João Paulo II e por ter feito resplandecer nele a ternura da vossa Paternidade, a glória da cruz de Cristo e o esplendor do Espírito de amor.

Confiando totalmente na vossa infinita misericórdia e na materna intercessão de Maria, ele foi para nós uma imagem viva de Jesus Bom Pastor, indicando-nos a santidade como a mais alta medida da vida cristã ordinária, caminho para alcançar a comunhão eterna Convosco. Segundo a Vossa vontade, concedei-nos, por sua intercessão, a graça que imploramos, na esperança de que ele seja logo inscrito no
número dos vossos santos. Amém.

Beato João Paulo II, intercedei por nós!

LITURGIA DIÁRIA


O Espírito daquele que ressuscitou
Jesus dentre os mortos mora em vós.


1ª Leitura - Rm 8,1-11

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

GRUPO DE VIDA ESTÁ EM FESTA


O Grupo de Vida João Paulo II está em festa pela Ordenação Diaconal dos seus membros. Luiz Carlos Alves da Silva (Coordenador), Josenilton Hipolito de Araujo (Diretor do blog) e Cláudio Dantas de Oliveira (Mestre de Cerimônia). Realizará dia 26 de dezembro deste ano. A cerimônia será celebrada pelo Bispo Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, a partir das 19 horas, na Catedral de Santana em Caicó – RN.

FRUTOS DA UNIDADE


DIRETRIZES GERAIS DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL 2011-2015

O Grupo de Vida João Paulo II nesta quarta-feira 19, refletiu sobre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.

Objetivo geral: Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida (Jo 10,10), rumo ao Reino definitivo.

APRESENTAÇÃO

A Igreja existe para Evangelizar. Em meio às alegrias e esperanças, tristezas e angústias do ser humano de cada tempo. São cinco as urgências apontadas:

1.Igreja em estado permanente de missão;

2.Igreja: casa da iniciação à vida cristã;

3.Igreja de animação bíblica da vida e da pastoral;

4.Igreja comunida de comunidades;

5. Igreja a serviço da vida plena para todos.

Isso implica o anúncio e o reanúncio de Jesus Cristo. As diretrizes são um convite para que toda pessoa batizada, assuma o mandato de Jesus Cristo: “Ide pelo mundo inteiro e anuncie a Boa Nova a toda criatura!” (Mc 16,15). Características indispensáveis da Igreja: a unidade e a diversidade.

Capítulo I: PARTIR DE JESUS CRISTO

Toda ação eclesial brota de Jesus Cristo e se volta para Ele e para o Reino do Pai. Jesus Cristo é nossa razão de ser, origem de nosso agir, motivo de nosso pensar e sentir. Nisto se manifesta nosso discipulado missionário: contemplamos Jesus Cristo presente e atuante em meio à realidade, à sua luz compreendemos a realidade e com ela nos relacionamos no firme desejo de que nosso olhar, ser e agir sejam reflexos do seguimento cada vez mais fiel ao Senhor Jesus. (n.4)

É continuo convite aos discípulos missionários e, por meio deles, a toda a humanidade para segui-Lo, em meio a diferenças e desencontros. O encontro com Jesus Cristo é acolhimento da graça do Pai que, pela força do Espírito, revela o Salvador e atua no coração de cada pessoa, possibilitando-lhe esta resposta. (n. 7)

Viver, pois o encontro com Jesus Cristo implica necessariamente amor, gratuidade, alteridade, unidade, eclesialidade, fidelidade, perdão e reconciliação. Torna o discípulo missionário firmemente enraizado e edificado em Cristo Jesus (Ef 3,17; Cl 2,7), á semelhança da casa que se constrói sobre a rocha (Mt 7,24-27). Assim, cada discípulo missionário, junto com toda a Igreja, comunidade dos discípulos missionários, torna-se fonte de paz, justiça, concórdia e solidariedade. Significa contemplar Jesus Cristo em constante atitude de saída de si, de desprendimento e esvaziamento. Implica diálogo, unidade na diversidade, partilha, compreensão, tolerância, respeito, reconciliação e, consequentemente, missão (n.16).

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ser de deus

Dom José Alberto Moura, CSS
Arcebispo Metropolitano de Montes Claros – MG

A dicotomia entre fé e prática com suas conseqüências corta o fio condutor da realização humana. Não podemos separar a alma do corpo. A construção da convivência adequada à promoção da vida e da dignidade humana exige de nós coerência na prática da justiça, da misericórdia, da concatenação dos passos corpóreos com os da ética e dos valores transcendentes.
A religiosidade focada na pura confiança de que o ser superior dá ao humano tudo e é um solucionador dos seus problemas, sem a contrapartida do nosso esforço para agirmos conforme a realidade de nossa filiação divina, não dá  consistência à construção de nossa felicidade. A convicção de que somos de Deus e nos entregamos à realização de seu projeto de amor,  torna-nos  corresponsáveis por construirmos a vida terrena como verdadeira missão. Mesmo se quisermos ser de Deus mas deixarmos para Ele fazer tudo sem colocarmos nossos dons a serviço do bem comum, não conseguiremos nortear nossa vida para a consecução de um ideal mais elevado. Em nosso íntimo não nos contentamos com pouco na vida. Temos sede de infinito. Para conquistá-lo precisamos ser de Deus, mas com o compromisso de cuidar da vida e promovê-la com os meios e critérios do próprio Criador.
Dar o que é de César a César e a Deus o que é dele é de suma importância (Cf. Mateus 22,21). Nosso contributo para o desenvolvimento na cidade terrestre é efeito de nossa vocação de busca da cidade celeste. Mas precisamos fazê-lo pela mandato de Deus. Ele nos dá a terra para dela cuidarmos com todo o carinho e amor. A natureza e a convivência social e humana  fazem-nos reais imagens e semelhanças com o Criador. Ele cuida de tudo, mas nos dá também a incumbência de desenvolvermos o que Ele fez na terra. O ser humano muitas vezes não cuida e arruina tudo com o egoísmo, a autossuficiência e o pecado. Deus mandou seu Filho para nos dar meios de rearrumar a casa terrena. Mas, com Ele! Ao contrário, a autossuficiência humana vai nos continuar arruinando. Precisamos  colocar os critérios do Jesus humano-divino na nossa convivência. Teremos mais justiça, promoção da vida, da boa política, do respeito e promoção dos mais deixados de lado...
Se realmente formos de Deus, respeitaremos mais o semelhante. Cooperaremos melhor com o desenvolvimento sustentável da terra e do ser humano. Superaremos a degradação ambiental, a concentração de riquezas, a gritante, exagerada e injusta desigualdade. Teremos mais respeito ao outro, valorizando suas potencialidades. Teremos carinho especial com a família e os mais fragilizados!
Quem é de Deus supera o materialismo e a religiosidade puramente alienante. Consagra-se diuturnamente à vida de doação de si pelo bem da comunidade. Preocupa-se em ser fiel ao amor a Deus na prática do amor ao semelhante. Torna-se pessoa ética. Não sucumbe à tentação de querer o que é bom somente para si. Sabe partilhar com o outro o bem em todas as dimensões. Seu amor, fundamentado no de Deus, não tem limites! Fizéssemos todos assim, teríamos um mundo mais humano e cheio de paz!
Fonte: CNBB