NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
Tudo o que no Pai Nosso pedimos, é muito
reto, muito bem ordenado e conforme a fé, esperança e caridade cristã, e já por
isto tem o especial agrado da SS. Virgem. Além disto, ouvindo-nos rezar, Ela
reconhece em nossa voz o timbre da voz de seu Filho, que nos deu e ensinou à
viva voz esta oração e nô-la impôs dizendo: Assim deveis rezar. Maria, vendo-nos assim com o Rosário,
cumprindo fielmente a ordem recebida, com tanto mais amor e solicitude nos
atenderá.
“As místicas coroas que lhe oferecemos,
são-lhe sumamente agradáveis e penhores de graça para nós” (Leão XIII). A
própria Rainha do Céu fez-se quase fiadora da
eficácia desta excelente oração.
A origem da devoção a Nossa Senhora do
Rosário é muito antiga, mas sua propagação tomou impulso com São Domingos de
Gusmão. Foi por sua inspiração que São
Domingos fez do Rosário sua poderosa
arma para combater a heresia dos albingenses, isto no início do século XIII,
onde a tal heresia crescia vertiginosamente na França. Fundou a ordem dominicana e por sua intensa
propagação e devoção, a Igreja lhe conferiu o título de "Apóstolo do Santo
Rosário”. Existem, inclusive, certas versões históricas que afirmam ter Nossa
Senhora aparecido a São Domingos segurando o Menino Jesus no colo e
oferecendo-lhe o santo Rosário, e cuja propagação e divulgação teria tomado
impulso por pedido pessoal de Maria Santíssima.
À recitação do Rosário é que a igreja
atribui os seus maiores triunfos, e grata atesta, pela boca dos Sumos
Pontífices que:
“pelo Rosário todos os dias desce uma
chuva de bênçãos sobre o povo cristão” (Urbano IV); “que é a oração oportuna
para honrar a Deus e a Virgem, como afastar bem longe os iminentes perigos do
mundo” (Sixto IV); “propagando-se esta devoção, os cristãos entregues à
meditação dos mistérios inflamados por esta oração, começarão a transformar-se
em outros homens, as trevas das heresias dissipar-se-ão e difundir-se-á a luz da fé católica” (São Pio
V); "desejamos ver sempre mais
largamente propagada esta piedosa prática e tornar-se devoção verdadeiramente
popular de todos os lugares, de todos
os dias" (Leão XIII). Nos mistérios
do Rosário, contemplamos todas as fases do Evangelho:
Os
mistérios gozosos
Retratam as meditações da anunciação do
Anjo a Nossa Senhora, visitação de Maria à Santa Isabel, nascimento triunfante
de Jesus, sua apresentação no templo e Jesus, entre os doutores da lei.
Nos
mistérios dolorosos
Contemplamos a agonia de Jesus no horto,
flagelação de Jesus, a coroação de espinhos, o calvário, a crucificação e morte
de Jesus.
Nos
mistérios gloriosos
A Ressurreição de Jesus, a sua Ascensão
aos céus, a vinda do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos, a Sua Assunção e
gloriosa Coroação.
E, sob inspiração maternal de Nossa
Senhora, no dia 16/10/2002, pela carta apostólica Rosarium Virginis Mariae, que
Sua Santidade o Papa João Paulo II acrescentou ao Rosário os Mistérios
Luminosos, que retratam a vida pública de Jesus, desde o seu batismo no
Jordão, o primeiro milagre nas Bodas de
Caná, proclamação do reino,
transfiguração e instituição da
Eucaristia. Estes mistérios foram
inseridos entre os mistérios gozosos e os dolorosos, formando um perfeito
complemento da meditação da Bíblia.
A santa devoção atravessou os séculos sempre
com o empenho da Santa Igreja de difundi-lo. Tem a virtude de excitar e nutrir
em nós o recolhimento, pondo-nos em contato com os mistérios da nossa religião.
É a oração do sábio e do ignorante, pois, como nenhuma outra, se adapta à
capacidade de todos.
Peçamos a Maria Santíssima à graça de
sermos não só fiéis propagadores, mas principalmente perseverantes na prática
de sua recitação, e que tenhamos sempre o desejo inflamado de rezá-lo sempre
com muito entusiasmo e alegria. E que
tenhamos a convicção de que o Rosário une o tempo à eternidade, a cidade
terrena à cidade de Deus.
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