sexta-feira, 30 de setembro de 2011

FRUTOS DA UNIDADE!

Formadores do seminário

Na manhã desta Quinta Feira (29/09), Festa dos Santos Arcanjos S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael o Grupo de Vida João Paulo II estava reunido para realizar mais um encontro de solidariedade e fraternidade. Na ocasião o Grupo João Paulo II teve a alegria de acolher o Reitor desta augusta casa de formação o Pe. Ajosenildo Nunes, o Vice Reitor o Pe. Virgílio, o diretor Espiritual da Teologia o Pe. Jailton Soares e o diretor do Grupo de Vida o Pe. Agostinho. No momento foi entregue ao Reitor e ao vice reitor a comenda do grupo. Os seminaristas buscaram apresentar para a formação como o grupo vem caminhado e quais foram suas atividades realizadas neste período de 7 meses. No uso da palavra o Pe. Ajosenildo Nunes parabenizou o grupo pela sua criatividade e falou da importância dos grupos na vida dos formandos. O nosso Vice reitor o Pe. Virgílio motivou o grupo para que esta fraternidade possa continuar tanto no presente como no futuro destes jovens.

Seminarista Emanuel apresentando o programa do Grupo
Ut omnes Unum Sint!!!!

LITURGIA DIÁRIA

“O amor é a chave para solucionar as injustiças na terra, é necessário cessar os conflitos dos homens entre homens, não precisamos mais achar que é normal a destruição da espécie humana entre si. A transformação da humanidade passa pelo amor, e só assim, seremos capazes de compreender que a promoção da paz, do diálogo e da justiça pode ser realizado mediante esta simples conversão da humanidade” (Seminarista Hipolito)

Primeira Leitura: Br 1,15-22
Sl: 78
Evangelho: Lc 10,13-16

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Papa aos seminaristas: fidelidade à vocação é possível!

“SE DEUS QUER A VOCAÇÃO, É ELE QUEM A SUSTENTA”

Ainda que o mundo mude, é possível permanecer fiel à vocação sacerdotal: esta foi a mensagem do Papa no último sábado, em um discurso espontâneo a cerca de 60 seminaristas, com quem teve um encontro na capela do seminário de Freiburg.
Este era o único discurso, de todos os que o Pontífice pronunciou na sua viagem apostólica à Alemanha, que não foi escrito previamente.
Em resposta às inquietudes dos seminaristas, o Papa explicou qual é o significado do tempo que um aspirante a sacerdote passa no seminário. Para isso, tomou uma passagem do Evangelho de Marcos sobre a instituição dos Doze, que reflete uma dupla vontade de Jesus sobre seus discípulos: “estar com Ele” e “ser enviados” a uma missão.
A contraposição entre ambas as vontades é só aparente, explicou o Papa aos jovens: “Como sacerdotes, devemos sair aos múltiplos caminhos nos quais os homens se encontram, para convidá-los ao seu banquete nupcial. Mas só podemos fazer isso permanecendo sempre junto a Ele”.
“E aprender isso, esse sair, ser enviados, permanecendo junto a Ele, é – acho – precisamente o que temos de aprender no seminário.”
Outro dos elementos fundamentais do seminário, acrescentou Bento XVI, é “aprender a confiança” em Cristo, aprender a confiar-lhe a própria vocação: “Se Ele a quer realmente, então posso me confiar a Ele”.
Se Cristo quer essa vocação, Ele não a deixará morrer, disse o Papa: “Se Ele me ama, então também me sustentará; na hora da tentação, na hora do perigo, estará presente e me dará pessoas, me mostrará caminhos, me sustentará”.
O Papa sublinhou também dois outros aspectos da vida do seminário: o da importância de aprender a viver “com a Palavra” e o de aprender o que significa “ser Igreja”.
Com relação ao primeiro aspecto, disse que a chave para poder escutar Cristo é “aprender a escutá-lo de verdade – na Palavra da Sagrada Escritura, na fé da Igreja, na liturgia da Igreja – e aprender o hoje em sua Palavra”.
Se a pessoa vive com a Palavra, percebe que ela “não está longe, em absoluto, mas que é atualíssima, está presente agora, refere-se a mim e refere-se aos outros. E então aprendo também a explicá-la. Mas, para isso, é preciso um caminho constante com a Palavra de Deus”.
Com relação a aprender a ser Igreja, o Papa sublinhou que somente no “nós” é possível crer em Cristo.
“São Paulo escreveu que a fé vem da escuta, não da leitura. Precisa também da leitura, mas vem da escuta, isto é, da palavra vivente, das palavras que os outros me dirigem e que posso escutar; das palavras da Igreja através de todos os tempos, da palavra atual que esta me dirige por meio dos sacerdotes, bispos, irmãos e irmãs”, afirmou.
“Nós somos Igreja: sejamos Igreja! Sejamos Igreja precisamente nesse abrir-nos e ir além de nós mesmos; sejamos Igreja junto aos outros.”
Por último, o Papa falou aos seminaristas sobre a importância do estudo e da boa formação.
“Nosso mundo hoje é um mundo racionalista e condicionado pela cientificidade.” Diante disso, a fé “não é um mundo paralelo do sentimento, que nos permitimos além disso como um 'plus', mas é o que abraça o todo, lhe dá sentido, o interpreta e lhe dá também as diretrizes éticas interiores, para que seja compreendido e vivido frente a Deus e a partir de Deus”.
Por isso, o Papa sublinhou a importância de “estar informados, compreender, ter a mente aberta, aprender”.
Ainda que as modas filosóficas mudem, concluiu o Papa, “não é inútil aprender estas coisas, porque nelas também há elementos duradouros. E sobretudo, com isso aprendemos a julgar, a acompanhar mentalmente um raciocínio – e a fazê-lo de forma crítica – e aprendemos a fazer que, ao pensar, a luz de Deus nos ilumine e não se apague”.
“Estudar é essencial: somente assim podemos enfrentar a nossa época e anunciar-lhe o logos da nossa fé”, acrescentou.
Fonte: Zenit

LITURGIA DIÁRIA

“Se os homens amassem assim como o nosso Criador, o mundo certamente teria uma nova imagem, um novo jeito de ser sociedade que luta junto aos mais fracos, que sente o sofrimento do próximo” (Hipolito).

Primeira Leitura: Dn 7,9-10.13-14
Sl: 137
Evangelho: Jo 1,47-51

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O cuidado da vinha é confiado aos missionários!

PLANTANDO DÁ!!!
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto – SP

Quem não planta, também não colhe. Os frutos são consequência de um longo e determinado trabalho. Exige tempo, critério, fidelidade e insumos para que a produção seja com qualidade e quantidade. É o mesmo que acontece nos planos de Deus.
Imaginando uma videira verdadeira e com produção fecunda! Para isto ela tem que ser bem cuidada e podada no tempo certo. As uvas daí produzidas terão qualidade porque tudo foi bem planejado e trabalhado com responsabilidade pelo seu dono.
O Reino de Deus é a vinha do Senhor. Ela pertence a Ele. Quem não é dono e não cuida como dono, pode agir com infidelidade e com más pretensões. Isto pode acontecer com os missionários mal intencionados, que em vez de construir, destroem a vinha do senhor.
Outubro é o mês dedicado às missões na Igreja, de descoberta dos líderes religiosos para trabalhar nas comunidades levando a Palavra de Deus. O trabalho missionário deve ser cultivado. Ele exige dedicação. O cuidado da vinha é confiado aos missionários.
Como missionário, tenhamos em conta que somos servos, e não donos da vinha. Os frutos devem ser entregues ao seu verdadeiro dono. Nunca podemos usurpar o lugar de Deus. O próprio Jesus agiu como servo e não se apegou a nada que pertencia ao Pai.
Não é tão fácil ser verdadeiro e dedicado missionário. Isto exige exercício autêntico da justiça e do direito, porque o campo trabalhado pertence a Deus. O trabalhador tem que ter a sua mente identificada com a do Mestre, sendo fiel discípulo e missionário.
O itinerário missionário passa pelo relacionamento com Deus. Acontece na confiança e na intimidade com Ele. Mas é impossível se as preocupações materiais estiverem em primeiro lugar. O desapego dos bens terrenos fortalece o trabalho missionário.
Nem sempre nos preocupamos com aquilo que é mesmo essencial, com o testemunho de vida, por exemplo, agindo com pureza, honestidade etc. Só teremos frutos saudáveis de vida e de paz na sociedade se plantamos e cuidamos bem da vinha do Senhor.
Fonte: CNBB

LITURGIA DIÁRIA

Todo cristão necessita sentir e saber que é amado e querido por Deus, isso verificamos na Sagrada Escritura pelo anúncio dos profetas e continuou sendo comunicado através dos Santos Padres da Igreja. O mundo deve reconhecer que o universo é uma obra pensada e criada por Deus, Ele que ama e governa todo o universo, por que “não são os elementos do cosmo, as leis da matéria que, no fim das contas, governam o mundo e o homem, mas é um Deus pessoal que governa as estrelas, ou seja, o universo; as leis da matéria e da evolução não são a última instância, mas razão, vontade, amor: uma pessoa” (Bento XVI)”

Primeira Leitura: Ne 2,1-8
Sl: 136
Evangelho: Lc 9,57-62

terça-feira, 27 de setembro de 2011

PE. AGOSTINHO FALA SOBRE A VIAGEM DO PAPA A SUA TERRA!!!

PROFETA EM SUA TERRA?

Ninguém é profeta em sua terra. Nem o próprio Jesus. Ou, como se diz no popular: o santo, quanto de mais longe, faz mais milagres.
Na Jornada Mundial da Juventude, em Madri no agosto passado, Bento XVI foi aplaudido por dois milhões de jovens. Duplicou as expectativas mais otimistas, apesar de que a mídia fez questão de nos mostrar os ínfimos protestos pela viagem papal.
Nestes dias, o Papa alemão esteve em sua terra. A tradicional Alemanha, dividida entre luteranos e católicos, metade dos uns e outra metade dos outros, mudou. Ao indiferentismo religioso se acumula o laicismo ou agnosticismo militante e a eles, se juntam os protestos dos de sempre. Quiseram reunir vinte mil pessoas para, de um modo ou outro, protestar contra o Papa alemão de Roma. Os médios mais otimistas falaram de nove mil pessoas; outros, de cinco mil, que se reuniram na tradicional porta de Brandenburgo.
E ainda, na Alemanha. tem que se contar com a invasão islâmica de trabalhadores. Na atualidade se contam entre 3,8 e 4,3 milhões de muçulmanos, dos quais uns 60% são turcos. Para estes o santo Padre disse que “os muçulmanos são um componente da Alemanha”. Procurou a harmonia que se desfez no discurso de Ratisbona, em sua anterior viagem. Como se diria no popular: não é bom cutucar onça com vara curta.
O Papa alemão falou no Bundestag (Parlamento) e, lembrando a santo Agostinho alertou sobre o risco de que, quando o Estado não defende o direito e a justiça, pode se tornar uma “quadrilha de bandidos”. Razões não faltam ao Papa para pensar assim. Porém, uma centena de deputados, por causa de que a Alemanha é um país laico, não quis ouvir a palavra do Papa de Roma. Os presentes, aplaudiram com entusiasmo.
No Reichstag (prédio do Parlamento) e para os judeus, o santo Padre lembrou “o ídolo pagão de Hitler que quis substituir a Deus”. Um bálsamo para as orelhas israelitas, a oliveira onde foi enxertada a igreja.
No Estádio Olímpico de Berlin, repleto até o tampo, o Papa Ratzinguer celebrou a eucaristia para setenta mil pessoas, e escutaram dele o convite para “permanecer na Igreja” apesar da “experiência dolorosa de que na Igreja há peixes bons e maus, e grão e cizânia”. Aqui temos, na base destas palavras, a constatação de que cento e oitenta mil alemães abandonaram a Igreja por causa dos escândalos da pedofilia - dizem. Também as igrejas protestantes tiveram semelhante deserção. Mas é claro que, quem procurar motivos para deixar a Igreja vai encontrá-los, assim como quem quer permanecer, também.
Na cidade de Erfurt, no mesmo mosteiro onde estudou Lutero e berço do protestanstismo, o Papa se manteve firme na fé católica quando observou, perante os máximos representantes evangélicos, que “a fé não é negociável”. Um jarro de água fria nas expectativas de dar mais um passo para a união das igrejas católica e luterana alemãs, que sabem que seus fiéis se sentem irritados com a secular divisão (em palavras do presidente do Congresso alemão). Os protestantes haviam esperado um “presente ecumênico”, porém a palavra que mais se escutou deles foi: decepção!
Também sentiu consternação no encontro com algumas das vítimas da pedofilia por parte de alguns sacerdotes alemães. Mesmo que esta lacra atormente a sociedade alemã não apenas entre os católicos.
Na cidade de Erchsesfeld, santuário mariano, fez peregrinação mariana, como devia ser. Rezou vésperas com noventa mil fiéis. Houve benção do santíssimo Sacramento. Na vigília desafiou aos jovens para serem “luz do mundo”.
A Missa campal participada por uma multidão no aeroporto de Friburgo foi o ponto final da visita, onde cem mil pessoas despediram com orgulho alemão o fato de que no trono de São Pedro há um Papa alemão. No fim, se reuniu com alguns representantes de agrupações católicas.
Destaco a fantástica organização da visita papal, além da maravilhosa e clássica música alemã que acompanhou as celebrações. Não posso deixar de marcar a participação da luterana, Chanceler Angela Merkel na Eucaristia. Claro que, na Alemanha é diferente, pois não faltam luteranos que freqüentam as Missas, nem católicos que participam de cultos protestantes. Mesmo que também há quem reclama destes comportamentos.
O anúncio central da visita papal tinha o grande slogan: ONDE DEUS ESTÁ PRESENTE, HÁ ESPERANÇA.
E assim foi a visita do Papa que, certamente, ninguém pode dizer que foi a de um profeta em sua terra e entre os seus. Ao contrário do Papa polonês, Woytila, que sim foi profeta em terra própria, levando o sindicato Solidariedade até a presidência da Republica na Polonha, derrubando os muros comunistas e possibilitando a transformação da Santa Rússia num novo império, agora, capitalista.
Certamente João Paulo II foi um homem admirável em muitos aspectos, já beatificado. Um profeta triunfante, se é que houve algum. Mas foi o ancião Bento XVI quem teve que levantar os tapetes onde se esconderam as sujeiras da igreja, vassoura em mão e com lágrimas nos olhos, e segurar firme a poeira que João Paulo II levantou pelo mundo afora com suas viagens e sua popularidade incontestável, por mais que certos meios quisessem colocar água fria na fervura. Este Papa sabe esperar e deixar que o tempo limpe; ou os anjos do céu que separarão o joio do trigo. O Papa polonês veio para triunfar. O papa alemão, para partilhar a sorte dos velhos profetas: veio para sofrer pelos pecados de outros, para reavivar a fé da Igreja amornada pela rotina, segundo ele mesmo denunciou.
Por se fosse pouco, algum jornal italiano, aproveitou para insinuar a renúncia do Papa, para o ano próximo, quando completará oitenta e cinco anos. O porta-voz do Vaticano, o jesuíta Lombardi, desmentiu.
A crítica mais quente que li, foi que o Papa não falou na crise econômica que açoita a Europa... Penso: só faltava isso! Que nós, clérigos, tivéssemos que falar sobre um mundo acostumado a viver no crédito fácil, promovido por bancos e financeiras que só investem no lucro do capital e que afoga o capital produtivo. Dinheiro que faz dinheiro e que se esconde em paraísos fiscais à espera de melhores dias, cuja única finalidade é fazer mais dinheiro, sem se importar com a vida real das empresas, dos trabalhadores, dos desempregados e etc. Só faltava isso!
Terminando vejo que caí num terrível defeito que me faz lembrar o antigo provérbio espanhol: “todas las comparaciones son odiosas”.

O CONTO DA VIDA


NOSSAS ADVERSIDADES

Uma filha se queixou a seu pai que sua vida e as coisas estavam muito difíceis. Estava cansada de lutar e combater. Seu pai levou-a até a cozinha, encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Logo as panelas começaram a ferver. Na primeira ele colocou cenouras. Na segunda, colocou ovos e, na terceira, pó de café.

Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra. A filha deu um suspiro e esperou impacientemente. Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Pescou as cenouras e colocou-as numa tigela. Retirou os ovos e os colocou em outra tigela. Pegou enfim o café com uma concha e colocou-o também numa tigela.

Virando-se para a filha, o pai perguntou:

- Querida, o que você está vendo?

- Cenoura, ovos e café. O pai pediu a ela que experimentasse as cenouras. Ela obedeceu e notou que estavam macias. Pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Depois de retirar a casca, ela verificou que o ovo endurecera com a fervura. Finalmente, pediu-lhe que tomasse um gole do café. Ela sorriu, ao sentir aquele aroma delicioso.

Perguntou, então, humildemente:

- O que isto significa pai?

Ele explicou que cada um daqueles produtos havia enfrentado a mesma adversidade: água fervendo, mas que cada um reagira de maneira diferente.

A cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas, depois de ter sido submetida á água fervendo, amolecera e se tornara frágil.

Os ovos eram frágeis, mas, depois de terem sido colocados na água fervendo, seu interior se tornou mais duro. O pó de café, contudo, foi incomparável. Depois que fora colocado na água fervente havia mudado a água.

- Qual deles é você? – perguntou à filha. E continuou: - Você é uma cenoura, que parece forte, mas com a dor e a adversidade murcha, se torna frágil e perde sua força? Ou será que você é como o ovo, que começa com um coração maleável? Você tinha um espírito maleável, mas depois de uma dor se torna mais difícil e duro? Sua casca parece a mesma, mas você esta mais amarga e obstinada, com o coração e o espírito inflexíveis? Ou ainda, você é como pó de café? Ele muda a água fervente para conseguir o Maximo de seu sabor. Se você é como pó de café, quando as coisas se tornam piores, você se torna melhor e faz com que as coisas em torno de você também se tornem melhores.

Miriam e Simone

LITURGIA DIÁRIA

“A Boa Nova não deve ser uma mera novidade, ou um simples anúncio sem acontecer um forte eco em nossos corações, pois é desejo do próprio Jesus Cristo que sua palavra ressoe em nós e transforme o coração de todo homem que escuta causando-o uma inquietação, um desejo de conversão e de acolhida da mesma” (Hipolito).


Primeira Leitura: Zc 8,20-23
Sl: 86
Evangelho: Lc 9,51-56

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

MEDITANDO A PALAVRA

UMA SIMPLES CHARADA
(Mt 21,28-32) no 26º Domingo do Tempo Comum

Jesus está falando, não mais para os aldeões galileus, mas com o pessoal da capital, de Jerusalém. Nada mais e nada menos do que com anciãos e sacerdotes. Isto é a elite sócio-religiosa de Israel.
A charada: Jesus argumenta no estilo maiêutico e pergunta para eles, a propósito do pai que tinha dois filhos, aos quais manda trabalhar na vinha. Um, malcriado, diz que não vai, mas, no fim, vai. O outro, enganoso, diz que vai, mas não vai. Quem fez a vontade do pai? –é a pergunta.
A resposta é óbvia e está incluída na pergunta: quem fez a vontade do pai. E fica claro que esse pai é Deus que, tem dois tipos de filhos.
O comentário de Jesus que se segue, é, como mínimo, surpreendente, chocante e até agressivo: “Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precederão no reino dos céus”.
Assim, pois, o filho enganoso é assimilado às elites sócio-religiosas de Jerusalém e do Templo. O culto no Templo era o centro da religião de Israel. Tudo aquilo que tivesse relação com o Deus de Israel acontecia no Templo. Porém, nem fariseus, nem essênios, nem outros grupos religiosos e nem o próprio Jesus compactuavam com aquela aristocracia sacerdotal e corrupta do Templo, que era motivo de politicagens entre as grandes famílias e nomeada por governadores romanos, naquele momento. Não nos consta em lugar algum que Jesus partilhasse mesa com eles.
O filho malcriado é assimilado a cobradores de impostos e a prostitutas. Jesus compartiu comidas com eles, coisa que jamais faria grupo religioso ou familiar nenhum em Israel. Jesus era amigo de Mateus, de Zaqueu, deixava-se acompanhar por mulheres e se deixava tocar por elas (como no caso da que ungiu seus pés). Para os espíritos mais puritanos e timoratos era atitude escandalosa. Porque estes precedem os outros no Reino de Deus? É simples: porque creram no caminho da justiça anunciado por João Batista e que, no fim, levaria até Jesus, segundo o evangelista.
No fim a questão para Jesus é sempre a mesma: o reino de Deus. A conversão para o reino. Que é dos pobres, dos aflitos, dos famintos, dos que choram, dos misericordiosos, etc. E, nesta ocasião, dos cobradores de impostos e das prostitutas ou seja, dos pecadores oficiais. É, mais uma vez, a solução da charada, nesta ocasião, para a elite intelectual da cidade que sendo representantes da religião estão, porém, longe do reino de Deus. A conversão não chega para eles. Mas, para eles ficará o interrogante, como resultado da conversa com Jesus: como é que um galileu inculto, por mais que alguns digam que é um profeta e que para outros tem uma conduta raiando no escândalo, pode ousar dar lições para eles?
Para nós é simples: “é a misericórdia que quero e não o sacrifício” ou em outro linguajar mais paulino é a “fé que age pela caridade” e não a religião ritual vazia. As obras da fé e não da lei. Mas aqui entramos de cheio em outras questões que podemos deixar para outro dia.
Feliz dia do Senhor!

LITURGIA DIÁRIA

“O cristão imbuído de uma esperança sente-se encorajado para a espera definitiva e amorosa de Deus que eleva a dignidade do homem ao mais alto grau. Os cristãos vivem na esperança de uma verdadeira libertação que surge no seio da Igreja pelo anúncio da Boa Nova que para eles não é apenas informação, mas mudança de vida, compromisso com a realidade, abertura para o diferente e acolhimento da Boa Nova que transforma a sociedade” (Hipolito)

Primeira Leitura: Zc 8,1-8
Sl: 101
Evangelho: Lc 9,46-50

domingo, 25 de setembro de 2011

MEDITANDO A PALAVRA


26º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Mateus 21,28-32

“E vós, vendo isto, nem fostes tocados de arrependimento para crerdes nele”

Este relato é o primeiro de uma série de três parábolas sobre a ruptura. Elas mostram que a obediência que Deus quer não é uma adesão formal a sua vontade.

Nossa parábola de hoje, o pai dá a mesma ordem aos dois filhos. A reação deles em relação à vontade do pai é diferente, tanto no que dizem como no que realizam. A recusa formal do primeiro não o impede de modificar sua atitude, reconsiderando sua decisão, ao passo que o outro filho, apesar de ter dado sua adesão inicial, não cumpre o prometido.

Esta parábola nos chama a atenção àquilo que se faz de concreto pra realizar a vontade do Pai. Pra a comunidade primitiva, a leitura desta parábola mostra um apelo de revisão quanto à sua maneira de se posicionar ante as exigências da vida concreta. Em todos os ambitos da vida humana são muitos os que dizem “sim”, que lutam por alcançar uma posição ou estabelecer a própria vida, que prometem com seriedade e se dispõem a fazer algo na sociedade, mas são poucos os que abraçam a vida, assumindo para valer a missão correspondente a cada “sim”.

A vida cristã sincera é uma missão que se realiza com os mesmos sentimentos de Jesus: assumir a vontade salvífica de Deus, indo ao encontro do outro, tendo consciência e penetrando com humildade em cada situação humana, pra transformá-la em Reino de Cristo.