sábado, 2 de abril de 2011

A vela se apagou?

Vós sois a luz do mundo! Cristo dirige-se a seus discípulos com essas palavras anunciando-os a missão que eles devem assumir após o encontro com Ele. Por sua vez os seus discípulos, não poucas vezes, se desviam deste imperativo de amor; seja pela condição humana ou pelo sentimento de indiferença, deixando assim que a vela se apague. Porém meus irmãos, o apagar da vela não deve apenas significar uma perda de esperança, pois, no caminhar da vida existe sempre a possibilidade de recomeçar como os discípulos de Emaús (Lc 24, 32); ou ainda o apagar da vela não deve ser vista apenas com um sentimento de fracasso, pois muitas vezes a vela se apaga porque não existe mais a matéria prima (cera) para consumir: a sua missão tem chegado ao seu fim.

Digamos que a vela João Paulo II chegou a seu fim há exatamente seis anos: “se apagou”. Mas será que ela realmente se apagou? Talvez não! Pois ele foi capaz de transmitir a sua chama para muitas velas que estavam sem luz, foi capaz de iluminar muitas regiões que estavam nas trevas, e esta chama se perpetuará durante muito tempo, pois a luz que ela irradiava não era sua, mas do Autor da Luz, ou melhor, a Própria Luz. O ser Luz deve significar ser Cristo: alcançar a sua estatura ( Ef 4, 13); e ser Cristo deve significar morrer (consumir-se) para salvar. Por isso podemos afirmar veementemente que a vela de João Paulo II se mantém mais acesa do que nuca, pois: “se o grão de trigo não morre não produz fruto” (Jo 12, 24).

Um comentário:

  1. Parabéns pelo texto, realmente sinto que a missão que nós batizamos temos neste mundo é de sermos instrumentos para que a verdadeira luz brilhe nas trevas. Graças a este texto essa afirmação se torna mais evidente. Parabéns.

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