terça-feira, 29 de março de 2011

O CONTO DA VIDA


OS DOIS REMOS



Nas margens do rio, um velho canoeiro esperava pessoas para transportá-las para a outra margem. Era de poucas palavras, mas no seu rosto refletia algo da majestade das montanhas e da transparência do rio.


Certa vez chegou um jovem que andava perdido por aquele vale. Estava acostumado apenas ao asfalto e ao ruído da cidade. Pediu ao velho barqueiro para que o levasse à outra margem. Enquanto avançavam, o jovem, sempre curioso, deu-se conta de que num dos dois remos se podia ler a palavra “DEUS”. Não conseguia ler as outras letras, porque estavam quase apagadas. Incomodado com a palavra “DEUS”, que lhe parecia ultrapassada, começou a dizer:


- O ser humano, com sua razão, já descobriu os segredos do mundo e da vida. Não precisava de Deus. O ancião calou-se. Pegou no remo em que estava escrita a palavra “DEUS”, deitou-o na canoa e continuou a remar só com o outro, no qual estava escrita a palavra “EU”. A canoa começou a dar voltas sobre si mesmo, sem sair do pequeno círculo. O jovem ficou pensativo. O velho barqueiro falou:


- Sozinhos não vamos a lugar nenhum. Necessitamos de Deus para podermos avançar e ir mais além do que o nosso amor próprio e do nosso egoísmo. E, pegando novamente o remo “DEUS”, continuou a remar até chegar à outra margem, onde deixou o jovem.


Revista Fátima Missionária

Nenhum comentário:

Postar um comentário