quarta-feira, 30 de março de 2011

EXPERIÊNCIA QUE ANIMA A VOCAÇÃO

O Evangelho na Vida da Missão

Erivaldo Barboza
Seminarista III Teologia
Pertence a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição – São Rafael – Itajá

Cada experiência missionária que vivenciamos no decurso da nossa vida são proporcionados momentos fortes que nos marcam, dentre algumas experiências que já fiz quero partilhar com vocês uma que para mim foi o dia em que diante de Jesus Cristo, como seu discípulo missionário ouvi Ele contar mais uma vez para nós o Evangelho da pobre viúva (Lc 21,1-4). E neste momento compreendi que é válida toda experiência missionária que fazemos, pois ela nos dá lições de vida que nos ajuda a viver e ver o Evangelho no dia-a-dia.
Numa missão que participei no ano de 2007 na cidade de Ipanguaçú/RN uma região sofrida, castigada pela seca a atitude de uma senhora, casada mãe de dois filhos me chamou a atenção, que para mim foi motivo para vivenciar o Evangelho da pobre viúva que Jesus contou aos seus discípulos, que depositava no cofre do templo tudo o que ela possuía.
A missão se deu nas comunidades rurais da paróquia, e lá, a senhora morava em uma comunidade pobre, a única fonte de renda era a agricultura e a pesca, mas infelizmente naquele momento a seca castigava a região. Ela nos acolheu em sua casa, que era de taipa, com apenas uma sala, cozinha e um quarto, que se olhando com os olhos da razão perceberíamos que não havia lugar para hospedar mais míngüem, imagine hospedar seis pessoas. Mas, o carinho com que ela nos recebeu foi semelhante à alegria de uma mãe que recebe um filho ao retornar a sua casa, ou, a felicidade do Pai em receber o Filho prodigo que retornou ao seu convívio (Lc 15,11-32), saímos para as visitas e quando voltamos a noite ela havia preparado o jantar para nós que éramos um grupo de seis seminaristas. Havia feito um jantar simples, e quando chegamos ela disse: “só preparei esse lanche, pois é tudo que tenho”. Na situação que nós vimos e presenciamos a casa, realmente aquele simples jantar era a única coisa que havia naquela pobre casa para ser ofertada. Todavia, aquela grande mulher não se preocupou em depositar o seu único necessário, diante daqueles que estavam ali para anunciar o Cristo.
No momento lembrei-me da viúva que deu a Deus tudo que possuía. E aquela senhora tão humilde, fez para nós que estávamos lá em nome de Deus, tudo o que ela possuía. Pois, a lição que tiramos para nós que pretendemos ser sacerdotes deve ser o reconhecimento de que devemos dá a esse povo tudo o que de melhor temos, amando o povo de Deus, de maneira bem particular os mais pobres, os preferidos de Cristo.

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