sexta-feira, 23 de setembro de 2011

FRUTOS DA UNIDADE!

Encontro do Grupo de Vida João Paulo II
A serviço da missão profética da Igreja
                                 

            A nossa primeira missão de futuros padres diocesanos ao redor de nosso bispo é de fazer com que toda nossa Igreja diocesana seja profética, missionária, anunciando o Evangelho, iluminando a vida do povo com a Luz da Palavra. Cada um de nós experimentou a eficiência dessa Palavra que muda as pessoas, as comunidades. Nosso povo está sedento da Palavra de Deus, porque percebe intuitivamente que é Vida, Vida em abundância. “Como são belos os pés daquele que anunciam a Boa Nova” (Rm 10,14-15).
O padre, homem da Palavra
            Os padres conciliares escrevem no Decreto Presbiterorum Ordinis: “Antes de tudo, o que reúne o povo de Deus é a palavra, que sai da boca do sacerdote... Os sacerdotes devem comunicar a todos a verdade do Evangelho para que todos possam estar com o Senhor” (n. 4). Nessa missão do anúncio da Boa Nova do Ressuscitado, somos convidados a nos tornarmos testemunhas dele.
            A nossa Lectio Divina é a contemplação da pessoa de Jesus, a contemplação da sua ação, das suas palavras, da sua relação com as pessoas, da sua união com o Pai, da sua consagração com o Espírito Santo. Como não admirar sua dignidade, liberdade, proximidade, autenticidade, humildade, fidelidade, coragem, sabedoria, firmeza, grandeza, compaixão, misericórdia, ternura, beleza... Por essa oração contemplativa, o Espírito nos conduz a andar nas pegadas de Cristo, modelando em nós o seu rosto de filhos, amados do Pai.
            Em nossa missão de evangelizadores, de formadores e educadores da fé, a Palavra de Deus é o nosso referencial permanente. A Palavra de Deus acompanha todas atividades de nosso ministério e de nossa vida pastoral. Não somos gravadores, meros repetidores do Mestre, somos os amigos, os colaboradores, as testemunhas dele. Por isso, os bispos no decreto Presbiterorum Ordinis  nos diz: “Como ministros da Palavra de Deus, leiam e ouçam diariamente a Palavra que devem ensinar aos outros” (n.3). Essa Palavra passa por todo o nosso ser, como para o Servo Isaías: Manhã após manhã, ele me desperta o ouvido para que eu escute, como discípulo. O Senhor abriu-me o ouvido (Is 50,4-5).
Anunciar a todos o Evangelho
            Apaixonado pelo Cristo, São Paulo, apesar da sua fraqueza, fez tudo para ser uma testemunha fiel ao Evangelho. Ele escreveu na Carta aos Gálatas: Mas se alguém, mesmo nós ou um anjo do céu, vos anunciasse um Evangelho diferente daquele que nós vos anunciamos, seja anátema (1,9). Ministro da Palavra de Deus, participamos do carisma do nosso bispo que tem a responsabilidade de cuidar da fidelidade de nossa Igreja ao depósito da fé, na comunhão intereclesial.
            Como São Paulo, não podemos mudar a mensagem do Cristo e da Palavra de Deus, mas temos de aprofundar a nossa compreensão delas, na luz do espírito. Às vezes, temos a impressão de que os padres repetem o que foi sempre dito de uma maneira superficial, sem aprofundamento, sem a iluminação da compaixão, da misericórdia e da ternura exigente de Deus. Um padre comentava: “aplico fielmente as normas da diocese, mas sinto contrariando o Evangelho”. Muitas vezes, utilizamos a Palavra de Deus para nos justificar, não para deixar-nos questionar.
            Nossa missão de pastor é ajudar cada cristão a viver as bem-aventuranças, até as últimas consequências. Felizes de vós se os homens vos odeiam, se vos expulsam, vos insultam e amaldiçoam o vosso nome, por causa do Filho do Homem (Lc 6,22). Quando somos elogiados demais e as multidões e os meios de comunicação acorrem ao nosso encontro, é bom perguntar: será que somos fieis à mensagem do Evangelho ou estamos nos deixando levar pela onda do momento, cantando como as sereias do mundo?

Ser Igreja é viver a mais profunda e mística das comunidades, é levar a fé cristã ao mundo de hoje, sedento de amor, fraternidade e esperança.
Fonte: Livro Elementos de espiritualidade (Padres Diocesano)

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