sexta-feira, 13 de maio de 2011

SEMINARISTA ROBSON FALA SOBRE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA


TREZE DE MAIO DIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Por Robson Paulo
Seminarista/Natal/RN

“Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão por aqueles que não crêem, não adoram, não esperam e não vos amam”. Nesta sintética oração ensinada pelo anjo da paz de Portugal se resume a disposição e o espírito com o qual os pastorinhos de Fátima, Francisco, Jacinta e Lúcia, deveriam estar revestidos para a grande missão a qual Deus os confiaria através de sua filha predileta, a Santíssima Virgem Maria, nas aparições que se deram de maio a outubro de 1917 em Fátima, nas terras lusitanas.
Era ainda início do século XX quando o mundo se vê assolado pela devastadora I Guerra Mundial que trouxe consigo medo, destruição e arrefecimento da fé em Deus e na Igreja, desencadeada em grande parte pelo acúmulo de filosofias que em quase nada contribuíram para o transcurso natural que o homem deve fazer sempre rumo ao seu criador, reconhecendo nele o sentido de sua existência e em sua Igreja sinal perene de sua misericórdia aqui na terra.
Neste contexto devastador da humanidade, três crianças viviam tranqüilas pastoreando as ovelhas de seus pais na aldeia de Fátima até aquele belo domingo ensolarado, 13º dia de maio de 1917. Ao chegar perto do meio dia, ouviram um forte trovão, pensado eles que fosse grandioso temporal que se aproximava trataram logo de juntar seu rebanho para mais que depressa dirigirem-se as suas casas, quando de repente, são surpreendidas por uma luz de brilho intenso na qual percebem o vulto de uma mulher que estava toda vestida de branco de beleza incomparável e aspecto sério, trazia as mãos postas como em oração e delas pendente um lindo rosário. Diante de tão bela senhora aquelas crianças ficaram admiradas, mas não amedrontadas, pois indagada quem era e de onde vinha responde serenamente: “Não tenhas medo, eu sou do céu”. Convida-lhes então para fazerem penitência pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas do purgatório, diz-lhes ainda: “Rezem o terço todos os dias para alcançar a paz e o fim da guerra”.
 A partir de então as vidas daquelas três crianças nunca mais seriam as mesmas. Francisco, Jacinta e Lúcia entenderam com o holocausto de suas próprias vidas o que significa doar-se por amor para a salvação dos irmãos, como pede Nosso Senhor, e para tornar a Santíssima Virgem mais conhecida e amada pelos pobres pecadores ao dizer-lhes: “Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração, a quem abraçar prometo a salvação e serão queridas de Deus estas almas como flores postas por mim a adornar o seu trono”. E para consolo daqueles pequenos gigantes diante das dificuldades que encontrariam a Virgem Santíssima ainda disse: “O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus”. Assim, as aparições continuaram até o dia 13 de outubro, onde, como à senhora havia prometido, se deu o grandioso milagre do sol testemunhado pelas 70 mil pessoas que estiveram presentes a Cova da Iria naquele inesquecível dia.
Pois bem, as aparições de Nossa Senhora em Fátima obtiveram da Igreja o merecido reconhecimento de sua veracidade, por parte de vários papas, contudo, merece especialíssima menção o saudoso beato João Paulo II, que visitou três vezes aquele santuário dentre as quais duas delas em situações de extrema gratidão, primeiro para levar aos pés da imagem da Virgem o projétil retirado de seu corpo após o atentado de 1981, o qual está afixado atualmente à coroa da imagem da Santíssima Virgem Maria; e a outra ocasião foi à beatificação de Francisco e Jacinta Marto em 13 de maio do ano 2000, na qual também estava presente a querida irmã Lúcia, que hoje contempla a realização da promessa feita por Nossa Senhora de estar com ela um dia no céu e seus queridos primos.
Portanto, amados irmãos e irmãs, poderíamos nos perguntar: Porque tanto amor de Deus para conosco, pecadores? Porque a Mãe de Deus sujeitar-se vir até nós para nos advertir? Porque entregar tão preciosa mensagem a três simples crianças que pastoreavam ovelhas? O que vos afirmo é que, muitas vezes as nossas dúvidas só nos afastam de Deus que é a nossa plena certeza, certeza esta comunicada de várias maneiras, como esta que acabamos de ver. Deus sumamente bom tem um infinito amor por nós suas criaturas, pois deu-nos Aquele que é seu próprio Filho para nos salvar. Entregue como Mãe a humanidade na pessoa do discípulo amado, a Santíssima Virgem jamais deixará perecer na escuridão do erro aqueles que ela tem como filhos e filhas amados. Quanto aos pastorinhos, é bem sabido por todos que conhecem as Escrituras Sagradas, que para confundir os fortes, Deus escolhe aqueles que são tidos pelo mundo como fracos a fim de realizar neles o seu projeto de amor; foi o que aconteceu aos humildes pastorinhos na sua pequena, mas proveitosíssima vida com Francisco e Jacinta, e no grande apostolado da querida irmã Lucia de Jesus que viveu até os 98 anos de idade e exerceu no mundo dando a todos um exemplo de vida e serviço ao reino de Deus.
Assim sendo, queremos pedir a Deus por intercessão da Senhora do Rosário de Fátima que nos conceda a graça da contrição sempre verdadeira de nossos pecados e assim, não ofendamos mais ao Coração de Jesus que já está tão ofendido com as injúrias e insatisfações que os homens incrédulos e pecadores o ultrajam. Desse modo poderemos esperar a realização da mais bela promessa feita pela Santíssima Virgem em Fátima: “Por fim o meu Imaculado Coração triunfará”...

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