segunda-feira, 16 de maio de 2011

MAIO MÊS DEDICADO A MARIA


MARIA, A VIRGEM.
Por Pe. Jailton
 
            A expressão “a Virgem” tornou-se muito cedo (desde o século II) como que o nome próprio de Maria, conforme a designação “o Cristo” para Jesus. Santo Epifânio chega a dizer: “Quem, por acaso, e quando ousou pronunciar o nome de Maria sem acrescentar de imediato ‘a Virgem’, quando interrogado?” Até hoje, “a Virgem” é o nome que o nosso povo mais usa para se referir a Maria Santíssima.
Apesar de contestações históricas contra a virgindade de Nossa Senhora, podemos ver através dos símbolos de fé e dos sinóticos de Mateus e Lucas, que são unânimes em realçar tal verdade, que a Igreja nunca cedeu a tais contestações. E, naturalmente reconheceu esta verdade dando-lhe status oficial no Concílio de Latrão no ano de 649, mas tornou-a solene no ano de 1555, com a Constituição Cum Quorundam, de Paulo IV, que expunha a virgindade de Nossa Senhora não apenas em aspecto moral como quis um antigo herege de nome Benoso, mas em sentido pleno e perpétuo valendo-se das contribuições dos Santos Padres, especialmente Agostinho e do Senso dos Fiéis, que por sua vez já alimentara a consciência dos Padres.
A partir de então,verificou-se um considerável desenvolvimento espiritual, artístico e litúrgico, conforme o prefácio mariano que remonta ao século VIII: “E permanecendo virgem, deu ao mundo a  luz eterna”, fazendo da virgindade de Nossa Senhora mais uma pérola brilhante e intocável do tesouro de nossa fé. Faz-se mister, outrossim, recordar que, por sua parte, os reformadores como Lutero, Calvino e Zwínglio nunca duvidaram da perpétua virgindade de Maria Santíssima. Até para o Islamismo, Nossa Senhora é sempre virgem, como se pode verificar no Corão. 
Para nós, católicos, que amamos a Santíssima Virgem Maria, sua virgindade é um sinal não só da entrega real de seu corpo e sua alma a Deus, mas da sua entrega perpétua, ou seja, Nossa senhora, além de ser toda de Deus, foi também sempre de Deus. Portanto, a oferta da totalidade do seu ser a Deus não foi efêmera, mas perene, fazendo dela, como disse Santo Tomás, “absoluta e eternamente virgem”.
A virgindade de Maria Santíssima, além do mais, é sinal de que o Messias não é criação da potência humana, mas do poder do Altíssimo. Ela garante que o Salvador vem do céu e não da terra, que é graça divina e não obra humana. Enfim, Jesus é a revelação plena daquele Deus que no Antigo Testamento, entrou na história do seu povo afim de libertá-lo da escravidão do Egito, por meio da sarça que ardia e não se consumia. De igual forma entra em nossa história para libertar-nos do domínio do pecado por meio da Virgem Imaculada, de quem nasceu sem ferir-lhe a integridade.

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