domingo, 31 de julho de 2011

MEDITANDO A PALAVRA

18° DOMINGO DO TEMPO COMUM

Por: Seminarista Erivan Júnior

A sagrada liturgia deste domingo centraliza suas leituras na regra magna dada por Cristo: o Amor. Por livre iniciativa de Deus somos chamados e atraídos para participarmos da vida trinitária principalmente manifesta no sacrifício Pascal; de modo imperfeito pela nossa condição de decaídos pela feliz culpa, mas completo por se tratar do banquete da aspersão que antecipa a glória eterna. Neste sentido, o Deutero- Isaías (pós- exílio) manifesta a amplitude do Reino de Deus para todos os que se encontram escravizados pelas diversas correntes das provações que acercam aqueles que por motivos afins se distanciaram da Aliança (Deus), porém, não obstante as amarras que circundam os filhos da promessa, Deus por um amor livre e “desinteressado” sempre lança-os o convite a participarem do festim do cordeiro que dá o alimento verdadeiro. São Paulo escrevendo aos romanos, por sua vez, enfatiza a amplitude do Amor redentor de Cristo manifestado de modo pleno na Cruz e que não se limita apenas aqueles que professam a fé na Trindade, mas alcança a todos; inclusive os que se encontram afastados de alguma profissão religiosa e que não aceitam Jesus como Deus. Tamanha graça só pode resultar na certeza de um futuro promissor de uma vitória irrenegável. No Santo Evangelho, São Mateus apresenta uma atitude de Cristo que transborda o seu amor pelos mais aflitos e necessitados. Ele, Cristo, não fica apático diante dos seus filhos queridos, mas parte para uma ação concreta e imediata ao curá-los, porém Jesus vai além da atitude imediata e conclama àqueles que dele se aproximou para não partirem antes de se alimentarem, pois Ele mesmo quer saciar a fome de todos esses que tiveram a oportunidade de conhecê-lo. Tal gesto simboliza a “necessidade” que Cristo tem em saciar a fome dos seus amigos, mas não apenas com o pão corpóreo, mas com o pão “espiritual”: a sua palavra e posteriormente o seu corpo. Por isso a multiplicação dos pães e dos peixes é uma “antecipação” da manifestação do poder que Cristo tem sobre a matéria alimentícia corporal, fazendo desta que Ele quer fazer. O poder que Cristo tem em sua Palavra (Dabbar) transforma a matéria e prefigura o banquete Eucarístico que será manifesta na Última Ceia. Por fim, ainda vale mencionar o papel dos discípulos de Cristo. Diante da impossibilidade de uma adequada organização prévia por parte daqueles que ouviam o Mestre Jesus, os discípulos, ou seja, aqueles que estavam mais próximos de Cristo servem como o elo entre os dons oferecidos por Cristo e o povo que necessitava deste s dons. O verdadeiro discípulo tem a missão de ser elo de amor unindo o coração do povo ao coração de Deus.

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