“O animador missionário é um mensageiro especial de fé, responsável por abrir novos caminhos de evangelização. Comunica, sobretudo, a vida e o compromisso; transmite de fato a Boa-Nova de Cristo, realmente sempre boa, verdadeira e bela”.
Amedeo Cencini
Caríssimos amigos, meus irmãos em Cristo.
Depois de algum tempo longe das linhas deste estimado blog, retorno a escrever-vos com muita alegria, e mais ainda neste mês de outubro, dedicado especialmente à vivencia missionária.Pois bem: a Igreja nos proporciona nos trinta e um dias deste mês uma reflexão sobre sua própria essência: ser missionária. É oportunidade boa para analisar se nas nossas atividades cristãs há tempo de evangelizar de verdade, se há tempo de ir ao encontro do irmão, sair das quatro paredes do templo-igreja e vivenciar uma Igreja maior, longe muitas vezes da liturgia, da Catequese, longe de Deus.
Ora, somos frutos da missão. Alguém algum dia nos falou e mostrou Jesus de um modo novo, apaixonante, forte. E ouvimos e assumimos este novo modo de falar de Jesus nos tempos de hoje, nos dias de agora. E o mundo clama por nossa presença. Saímos? Vamos ao encontro do mundo? Ou, temerosos ou conformados, permanecemos na inércia de atitudes? Será que não entendemos ainda que não cabe mais a concepção caduca do só “venha a nós”?
Ao mesmo tempo em que escrevo isto, lembro-me de Pe. Zezinho cantando bonito - e inquietante para nós - a Oração pela Messe: “Falta pão porque falta trigo. Falta trigo porque não semeiam e faltam semeadores porque ninguém foi lá fora chamar. Falta fé porque não se ouve. Não se ouve porque não se fala e falta esse jeito novo de levar luz e de profetizar. Falta gente pra ir ao povo, descobrir porque o povo se cala. Pastores e animadores pra incentivar o teu povo a falar. Falta luz porque não se acende. Não se acende porque faltam sonhos e falta esse jeito novo de levar luz e falar de Jesus”.
Os pés do mensageiro são belos porque o levam pra frente, o fazem caminhar. E não a caminhar somente, mas também a sair de um estado cômodo e conformado e a encontrar-se com outros pés, instigados pelo mesmo ideal evangelizador. Belos são os pés do mensageiro que anuncia a paz, tal como Cristo! Assim, a beleza dos pés não está na figura dos nossos pés em si, mas sim na mudança de atitude que nos impele a incorporar a missão.
Caríssimos irmãos. Aproveitemos este mês que é o último do trimestre eclesial destinado à descoberta da vocação (Agosto), ao estudo e interpretação das Sagradas Escrituras na vida prática de todos nós (Setembro) e ao entendimento perfeito e sentimento singular do que é ser, de fato, Igreja: encontrar o irmão, anunciar Cristo a ele e ser acolhido no que resulta tal atitude: o amor fraterno.
Como São Francisco de Assis, vos desejo: PAX ET BONUM!
Sem. Antônio Roberto – I Teologia
Seminário de São Pedro – Natal (RN)
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