MEMÓRIAS QUE NÃO PASSAM...

Um ano já se passou. Como o tempo passa rápido! Parece que não houve ainda um único pôr do sol desde que a indecisão nos envolvia e éramos tomados pela dúvida sobre qual grupo de vida faríamos parte! Afinal nossa vida é uma preciosa jóia, e para manuseá-la as pessoas devem ter um talento suficiente que não ofusque o seu brilho; e é por isso que só a entregamos a pessoas dignas de confiança. Interessante é que embora a dúvida existisse, diante da proposta da formação, os nossos olhares cruzados e “silêncio interior” denunciava qual seria o nosso futuro. Não foi diferente! Imediatamente após uma reunião com todos os seminaristas, por meio de um pequeno diálogo, a primeira fase do grupo estava formada pelos seguintes componentes: Manoel, Luiz Carlos, Hipólito, Cláudio e eu que nesta hora da noite a poucos minutos da comemoração que por ora relato estou a escrever estas linhas (Junior) .
Restava saber qual seria o nome que nos identificaria como diferente dos outros grupos. Digo diferente, pois embora a atitude de “batizar” seja sempre igual, o objeto do batismo: o batizando, é o sujeito que não se repete pela natureza individual de ser e ainda que se multiplique a sua nomenclatura será sempre diferente. Deixando de lado essa questão para que outros possam debruçar-se e não cansar-se com estas linhas explicativas daquilo que é obvio, voltemos a falar do grupo. Após poucos segundos de pensamento e idéia, ou para usar termos cristãos, a inspiração Divina soprou no nosso coração e decidimos ser chamados de GRUPO DE VIDA JOÃO PAULO II.
Pronto. Estava tudo certo! Tínhamos feito o desejo da formação! Mas ficou só nisso... e o tempo passou e passou e continuava só nisso... nos fingíamos que tínhamos feito a nossa parte e a equipe formativa não instigava mais nada! Até que num certo dia o padre reitor toca aquela sineta do lugar tão querido do seminário: o refeitório!!!!!!!!! E aquelas falas que se misturavam e que provinham dos diversos seminaristas que lá se encontravam a saciarem as suas necessidades alimentícias se transformaram em um silêncio ensurdecedor, e de repente se houve uma voz suave e macia, quase que, como de uma criança: Bom! Os grupos de vida estão se reunindo!? Era o reitor que questionava algo que parecia desacordado! Todos se olhavam e não respondiam nada, mas a resposta foi obvia no silêncio coletivo. Foi então que ele (o reitor) solicitou a relação dos grupos de vida. Imediatamente após o pedido da magnificência, se assim a regra lingüística do nosso português permite-me chamá-lo (para reitor de seminário não é permitido usar esse pronome), nos apressamos em listar os membros acima citados para entregá-lo.
Nós caprichamos na confecção de nossa listagem, colocando a imagem do Beato, inclusive, para dar uma aparência mais satisfatória de ser contemplada pela retina ocular. Talvez por descuido de nossa parte, ou por vontade de Deus, deixamos o papel ornado de capricho em cima de um dos bancos da capela e por uma curiosidade cuja motivação desconheço, Emanuel pousou o seu olhar naquela listagem. Não sei ao certo o que naquele momento passou pela cabeça do atual coordenador, ou o que foi que o chamou atenção no grupo que o diferenciou dos demais grupos. Deixo que sobre isso cada um tire a sua própria conclusão, o importante é que ele não hesitou em querer fazer parte do GVJPII.
No dia 15 de fevereiro de 2011, reunimo-nos oficialmente de forma um pouco tímida, mas com uma deslumbrante expectativa sobre como seria a partir de então. Não intuíamos que a nossa amizade chegaria tão longe numa relação fraternal. Não quero relatar aqui o que aconteceu na nossa primeira reunião. Quem quiser saber procure com o secretário do grupo a nossa ata de reuniões! Passado algum tempo tivemos a alegria de receber em nosso meio o nosso irmão Joseilson, ou Pajé, como queiram! No dia de sua acolhida aprendemos muito com ele, e a permanência ao seu lado foi enriquecedora para todos nós. Em meio a encontros e desencontros, solenidades e desentendimentos,... fomos caminhando em frente. Como esquecer as saídas para a comemoração dos diversos aniversários dos membros do nosso Grupo de Vida?! Ou a presença da equipe formadora nos confirmando?! E ainda a criação do nosso blog que já foi palco de muitos artistas?! Ah, antes que eu me esqueça, não posso ser injusto e deixar de mencionar uma figura importantíssima que nos ajudou durante todo este tempo: Padre Agustin, nosso diretor espiritual. Que alegria foi aquele passeio no Seridó! Quanto nos divertimos! Alegria semelhante sentimos ao acolhermos Dênison em nosso convívio, que quis dividir conosco o seu momento de dificuldade (pode contar sempre conosco caro irmão).
Também ficará em nossas memórias aquele último encontro, meio corrido (os queijos de coalho deixaram tudo para última hora), mas verdadeiro! Que stress foi a nossa confraternização no litoral KKK! Poderíamos citar muitas outras coisas, mais eu já estou cansado de escrever, além do mais se fôssemos detalhar cada coisa que vivemos era necessário muitas atas e atas e atas... e acrescido a isso, preciso publicar esse escrito que foi deixado para ser escrito de última hora (para variar). Enfim, tudo vale a pena quando é bem vivido! Obrigado a todos que fazem parte dessa história. Parabéns caros irmãos. Queremos ainda acolher os novos membros do Grupo de Vida: Carlinhos, Paulinho e Wanderson. Deus abençoe a todos e que TODOS SEJAM UM!

Sem. Erivan Júnior