sexta-feira, 24 de junho de 2011

A FORÇA DO AMOR DIVINO!

O AMOR DE DEUS

Por: Antônio Roberto G. Lima*

A força do amor divino nos cura e liberta. O amor salva, ressuscita, dá vida nova. Um dos momentos mais bonitos em nossa vida é quando reconhecemos o amor de Deus por nós. Mas, para isso, é preciso fazer essa experiência bonita do amor com o Pai. Neste mês de junho, dedicado de modo especial ao Sagrado Coração de Jesus, quis eu partilhar com vocês, caríssimos seguidores, um pouco do muito que significa o tamanho amor de Deus.
Mas, o que é realmente a cura interior? A cura interior consiste em estarmos abertos para ser amados e para amar. O amor, já disse, é o maior responsável pela cura. Falamos da cura da alma, mas e a cura do corpo? Ora, os remédios, as terapias, os tratamentos, todos eles ajudam... Mas não resolvem. O que resolve de fato é a experiência com o amor de Deus. Se eu sei cuidar da minha alma, o corpo é conseqüência! E muitas pessoas, infelizmente, não estão abertas para serem amadas. Eu preciso sempre ter essa compreensão do amor que o Senhor tem por mim. Pois Deus é Pai com um coração de mãe!
O amor de Deus é um amor de totalidade. Não é um amor "em partes". O amor do Senhor é único e precisa ser trabalhado em nosso interior. Com o Sagrado Coração do Filho, entendemos quão longe vai o amor misericordioso do Pai.
Certa vez, madre Teresa de Calcutá foi pregar num retiro para sacerdotes do mundo inteiro. Ela estava diante de teólogos, homens de grande intelecto, os quais ficavam surpresos em perceber a autoridade com que ela falava. Uma autoridade na simplicidade. Ela dizia aos sacerdotes: "Deus não os chamou para o sucesso, mas para servi-Lo com amor e humildade". Quer dizer: o amor, acompanhado da humilde personalidade, é o mérito maior de todo e qualquer sacerdote pastor de almas. Certa vez também, um repórter perguntou a ela: "O que é ser santo?" E ela respondeu: "Ser santo é fazer as pequenas coisas com um grande amor". Percebamos, meus irmãos, que o amor é prerrogativa para todas as nossas ações: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens, a língua dos anjos, se não tiver amor, seria como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, eu nada seria” (I Cor 13, 1-2).
Meus irmãos, amar é treino. É a cada dia colocar uma "pitada" a mais: isso, na família, no relacionamento, no trabalho, na escola, na Igreja... Muitas vezes, Deus nos leva a situações em que dizemos reclamando: "Meu Deus! Onde o Senhor está?" Mas Deus não nos abandonou. Pelo contrário, Ele está ao nosso lado, sofrendo conosco. Sempre. Em meio ao sofrimento, a gente se apavora e se esquece até do que temos de mais valioso, a nossa fé em Jesus... Mas saibamos que isso tudo é necessário acontecer porque, do contrário, nunca amadureceremos!
Em Isaías 49,14-16 lemos: “Sião vinha dizendo: o Senhor me abandonou! O Senhor esqueceu-se de mim!”... E a resposta do Senhor, nós cantamos muito, por vezes nas primeiras Sextas-Feiras de cada mês, lembrando devotamente o Sagrado Coração de Jesus: “A mãe será capaz de se esquecer/ ou deixar de amar algum dos filhos que gerou?/ E se existir acaso tal mulher,/ Deus se lembrará de nós em seu Amor.
Durante o processo de cura interior, antes mesmo da exterior, nós vamos fazendo a descoberta de que o Altíssimo nos ama mesmo com os nossos pecados, traumas, carências, etc. Somos seres infinitamente imperfeitos, porém muito amados por Aquele que é infinitamente perfeito.
Convenhamos: se Deus cuidou de cada detalhe da criação (cf. Gn I), Ele acaso não cuidaria de cada detalhe da nossa vida? Ele não apenas nos criou, mas Ele mesmo cuida de cada detalhe da nossa existência. Nenhum cabelo da nossa cabeça vem ao chão, se Deus antes não permitir. Ele jamais se esquece de nós!
Sagrado Coração de Jesus: fazei o nosso coração semelhante ao Vosso!
*Antônio Roberto é seminarista,
cursa o I Ano de Teologia
e escreve mensalmente para
este blog.

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