terça-feira, 7 de junho de 2011

ESCOLHER O ESSENCIAL PARA MELHOR VIVER!


O CONFESSIONÁRIO
Por Francisco de Assis
Seminarista/ Paróquia de Santa Rita
Santa Cruz

É bem verdade que para viver com dignidade, lealdade e autenticidade é necessário apenas uma coisa, e essa é o essencial para nossa vida, chamada por nós cristãos de Jesus, Deus. Símbolo invisível. E isso é inegável. Não se pode negar que, o que vem depois do essencial é somente o acidental. O homem é antes de tudo essência, como conseqüência é também acidente. E para viver autenticamente a essência, o homem está sempre voltando às raízes, ou seja, ao passado.
 Deus em sua magnitude não nos permite contemplá-lo por completo. E isso nos faz agir, de tal forma, que usamos de nossas capacidades, de mais alto nível, para expressá-lo com a mais dignidade possível. Aonde se quer chegar com essas palavras introdutórias?
Na realidade eclesial atual. Se realmente o mundo percebesse e interpretasse autenticamente a Igreja primitiva, nossa sociedade seria outra. Diz-se isso por conta da má interpretação com os símbolos litúrgicos, que tanto nos ensinam e nos ajudam a rezar. Obviamente, que isso é para um conhecedor de cada objeto. Pois, aquele que não os conhece é um mero ignorante! Só amo e valorizo aquilo que conheço de verdade!
Tantos são os símbolos “excluídos”, que um dia tiveram identidades e significados essenciais para a santificação do cristão, e que hoje são criticados e deturpados por não conhecedores dos seus significados. Dentre estes está “o confessionário”. Objeto de grande significado teológico. Lugar onde é propiciado o encontro do penitente com o salvador, de uma maneira mais íntima.
O confessionário é usado, não para esconder o padre dentro de uma espécie de: “casinha ou caixinha”, ou para excluir o contato pessoal e social do padre, mas, para se ter a certeza de que cada indivíduo está a confessar seus pecados não somente ao sacerdote, mas, ao próprio Deus, que tem sua face irrevelável. O sacerdote não pode fazer da vez de Cristo a sua, pois não faz parte do seu ministério. “Age in persona Christi Capitis” (age na pessoa de Cristo Cabeça). É Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
Em algumas comunidades percebe-se a não existência do confessionário, não se sabe o que aconteceu! Não se sabe se é porque acham algo atrasado ou desnecessário, não se tem uma explicação fundamentada. A nossa preocupação é de que os símbolos desapareçam por completo e o sentido Divino juntamente com eles. Pois, é de conceber que o mundo atual é mundo das coisas palpáveis, comprovadas e empíricas. Será quer um dia à sociedade excluirá por completo os símbolos? Se isso acontecer, a própria irá perguntar: para onde iremos?
Portanto, é bom saber que viver bem é sempre retomar o passado.  É sempre voltar às bases. Não que seja necessário agir com a mentalidade de uma sociedade de 60 anos atrás, mas, olhar e tentar preservar sempre o essencial daquilo que nos faz viver bem, em comunhão com Aquele que acreditamos que é o próprio Deus.

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