Catecismo
da Igreja Católica II
Depois que foi
promulgada a Constituição apostólica Fidei depositum do Beato João Paulo II, em
1992, que autorizava a publicação do Catecismo, foi publicada a edição em
língua francesa. Segundo o então Prefeito da Congregação para a doutrina da Fé,
Cardeal Joseph Ratzinger (hoje, Papa Bento XVI), “a edição típica deve ser a
definitiva, não mais submetida a mudanças: eis porque se preferiu publicar o
Catecismo, antes em uma língua moderna, reservando-se a possibilidade de
realizar mudanças no texto” (Discurso de apresentação da edição típica do
Catecismo da Igreja Católica, 9 de setembro de 1997). Após a publicação do
Catecismo em língua francesa foram feitas as várias traduções e publicadas em
vários países. Aqui no Brasil a edição do Catecismo veio com uma nota: “Esta
tradução foi feita a partir da edição francesa... Ao tornar-se oficial a edição
latina, os Editores brasileiros se prontificam a rever a presente edição”.
Em 1997, com a Carta
apostólica Laetamur magnopere, o Papa João Paulo II aprovava e promulgava a
edição típica latina do Catecismo da Igreja Católica. Para o Papa João Paulo
II, com a publicação da edição típica, “conclui-se, portanto o caminho de
elaboração do Catecismo, iniciado em 1986, e foi levado a feliz termo o
auspício da Assembleia Extraordinária do
Sínodo dos Bispos de 1985”. Como haviam prometido, todas as casas editoras
refizeram suas edições e publicaram o Catecismo de acordo com a edição típica
latina, que se tornou a edição oficial.
Com a publicação do
Catecismo, a Igreja Católica entregava um precioso instrumento para a formação
da fé dos católicos, de acordo com as inspirações do Concílio Vaticano II. O
último Catecismo oficial da Igreja era o Catecismo Romano, elaborado a partir
do Concilio de Trento (1545-1563). Em 1905 o Papa São Pio X publicou o chamado
Catecismo maior. Esse Catecismo servia como um resumo do Catecismo Romano.
Após a publicação da
edição típica latina do Catecismo da Igreja Católica, o Papa João Paulo II, em
2003, encarregou o então Cardeal Joseph Ratzinger de preparar um compêndio do
Catecismo. O Compêndio foi aprovado e publicado pelo Papa Bento XVI, em 2005. O
Compêndio é uma síntese fiel e segura do Catecismo da Igreja Católica, como
afirma o Papa no Motu proprio com o qual aprovava e publicava o Compêndio. Para
a edição do Compêndio foi utilizado um antigo gênero literário da catequese, a
forma dialogada em perguntas e respostas.
Pe. Paulo Henrique da Silva
Capelão do Instituto Maria Auxiliadora (Natal), Diretor de estudos do Seminário de São Pedro e Professor de Teologia da FAHS.
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