Toda opção na vida é fruto de alguma motivação concreta. O nosso ser é atingido de forma a nos convencer da importância de lutar por ela. É uma adequação existente entre o objeto a ser atingido e a razão intelectual que vai ao seu encontro. Na busca de Jesus Cristo e no seguimento de seu ideal, Ele mesmo diz: “Vinde e vede”. A opção é nossa, mas convencidos da fidelidade e autenticidade de quem faz o convite. “Vinde” supõe ida para identificar a realidade de quem faz o convite.
Estamos na cultura do ver. A aparência fala mais alto que as palavras. É o velho ditado: “as palavras comovem, mas são os exemplos que convencem”. O “vede” de Jesus significa descobrir Nele as motivações concretas para uma opção de vida. O homem e a mulher modernos, com todas as influências da atualidade, são convidados a “vir” até Jesus para “ver”, permanecer e morar com Ele. É a partir daí que começa um processo dinâmico de vivência e compromisso cristãos.
A vida não pode ser marcada por esterilidade diante de Deus e da comunidade. Aos poucos, cada pessoa deve descobrir sua missão no mundo e na sociedade. Saber encontrar a voz da consciência e a de Deus convocando para a missão. O mistério da vida está envolvido pela Sabedoria divina, que deve ser encontrada, porque Ela se deixa encontrar. Basta ir e ver em Jesus Cristo a autêntica revelação de Deus. É a Sabedoria do Novo Testamento, que supera toda Sabedoria do Antigo Testamento.
Jesus convida para o “vir e ver”. “Vir” significa o passo da fé, e “ver” é ter a visão da fé. Quem faz esse itinerário acaba sendo convidado e iniciado por Cristo. Isto passa a contagiar os outros na fé, porque acontece uma partilha de descobertas. Olhar para uma cultura de libertinagem significa fazer discernimento. As escolhas não são fáceis. São Paulo faz uma importante indicação: “Tudo é permitido, mas nem tudo faz bem” (I Cor 6,12). Não podemos ser escravos das coisas más.
Bispo de São José do Rio Preto (SP)
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