Faleceu às 15h45 desta
sexta-feira – pelo horário de Roma, o Cardeal Carlo Maria Martini. O purpurado
estava com 85 anos, e sofria de Parkinson. Ele estava internado na enfermaria
do Aloisianum, o Instituto Universitário de Estudos Filosóficos da Companhia de
Jesus, na província italiana de Varese.
As suas condições de
saúde haviam piorado inesperadamente na noite desta quinta-feira e Bento XVI,
imediatamente informado, se recolhera em oração. Tendo entrado na Companhia de
Jesus com apenas 17 anos, e ordenado sacerdote aos 25, o Cardeal Martini foi
reitor do Pontifício Instituto Bíblico e, depois, da Pontifícia Universidade
Gregoriana, antes de tornar-se arcebispo de Milão, em 1980, guiando a
arquidiocese até 2002.
Dentre as suas
iniciativas mais importantes destacam-se a introdução, na arquidiocese, da
"Escola da Palavra", para fazer com que os leigos se aproximassem da
Sagrada Escritura com o método da Lectio divina; e a "Cátedra daqueles que
não creem", promovendo uma série de encontros dirigidos a pessoas em busca
da verdade. Após um longo período na Terra Santa retornou à Itália em 2008,
para cuidar da sua saúde.
O corpo do Cardeal
Martini chegará neste sábado, às 12h, à Catedral de Milão e será sepultado no
dia 3, segunda-feira, após a missa exequial, celebrada às 16h (horário local).
Com o falecimento do Cardeal Martini, o Colégio cardinalício fica agora
composto por 206 purpurados, dos quais, 118 eleitores e 88 não eleitores. Os
cardeais jesuítas são agora 6, dos quais, 2 eleitores.
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