quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS


QUINTA-FEIRA APÓS A EPIFANIA DO SENHOR
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Ofício das Leituras

 V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
 
R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino

Vendo os Magos a Criança,
vão abrindo seus tesouros
e lhe fazem oferendas
de incenso, mirra e ouro.

Ó Menino, nos presentes,
pelo Pai determinados,
reconheces sinais claros
do poder do teu Reinado.

Para o Rei é dado o ouro,
para Deus, o incenso puro.
Mas a mirra prenuncia
do sepulcro o pó escuro.

Ó Belém, cidade única
entre todas as nações,
tu geraste, feito homem,
o Autor da salvação!

Como provam os profetas,
Deus, o Pai que nos criou,
enviou Jesus ao mundo,
Juiz e Rei o consagrou.

O seu reino abrange tudo:
Oriente e Ocidente,
dia e noite, terra e mares,
fundo abismo e céu fulgente.

Glória a vós, ó Jesus Cristo,
que às nações vos revelais,
com o Pai e o Santo Espírito
pelos séculos eternais.
Salmodia
Ant. 1 Fostes vós que nos salvastes, ó Senhor!
Para sempre louvaremos vosso nome.

Salmo 43(44)
 Calamidades do povo
Em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou! (Rm 8,37).

I
2 Ó Deus, nossos ouvidos escutaram, *
e contaram para nós, os nossos pais,
– as obras que operastes em seus dias, *
em seus dias e nos tempos de outrora:

=3 Expulsastes as nações com vossa mão, †
e plantastes nossos pais em seu lugar; *
para aumentá-los, abatestes outros povos.
4 Não conquistaram essa terra pela espada, *
nem foi seu braço que lhes deu a salvação;

– foi, porém, a vossa mão e vosso braço *
e o esplendor de vossa face e o vosso amor.
5 Sois vós, o meu Senhor e o meu Rei, *
que destes as vitórias a Jacó;
6 com vossa ajuda é que vencemos o inimigo, *
por vosso nome é que pisamos o agressor.

7 Eu não pus a confiança no meu arco, *
a minha espada não me pôde libertar;
8 mas fostes vós que nos livrastes do inimigo, *
e cobristes de vergonha o opressor.
9 Em vós, ó Deus, nos gloriamos todo dia, *
celebrando o vosso nome sem cessar.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Fostes vós que nos salvastes, ó Senhor!
Para sempre louvaremos vosso nome.

Ant. 2 Perdoai, ó Senhor, o vosso povo,
não entregueis à vergonha a vossa herança!

II
10 Porém, agora nos deixastes e humilhastes, *
já não saís com nossas tropas para a guerra!
11 Vós nos fizestes recuar ante o inimigo, *
os adversários nos pilharam à vontade.

12 Como ovelhas nos levastes para o corte, *
e no meio das nações nos dispersastes.
13 Vendestes vosso povo a preço baixo, *
e não lucrastes muita coisa com a venda!

14 De nós fizestes o escárnio dos vizinhos, *
zombaria e gozação dos que nos cercam;
15 para os pagãos somos motivo de anedotas, *
zombam de nós a sacudir sua cabeça.

16 À minha frente trago sempre esta desonra, *
e a vergonha se espalha no meu rosto,
17 ante os gritos de insultos e blasfêmias *
do inimigo sequioso de vingança.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Perdoai, ó Senhor, o vosso povo,
não entregueis à vergonha a vossa herança!

Ant. 3 Levantai-vos, ó Senhor, e socorrei-nos,
libertai-nos pela vossa compaixão!

II
18 E tudo isso, sem vos termos esquecido *
e sem termos violado a Aliança;
19 sem que o nosso coração voltasse atrás, *
nem se afastassem nossos pés de vossa estrada!
20 Mas à cova dos chacais nos entregastes *
e com trevas pavorosas nos cobristes!

21 Se tivéssemos esquecido o nosso Deus *
e estendido nossas mãos a um Deus estranho,
22 Deus não teria, por acaso, percebido, *
ele que vê o interior dos corações?
23 Por vossa causa nos massacram cada dia *
e nos levam como ovelha ao matadouro!

24 Levantai-vos, ó Senhor, por que dormis? *
Despertai! Não nos deixeis eternamente!
25 Por que nos escondeis a vossa face *
e esqueceis nossa opressão, nossa miséria?

26 Pois arrasada até o pó está noss’alma *
e ao chão está colado o nosso ventre.
– Levantai-vos, vinde logo em nosso auxílio, *
libertai-nos pela vossa compaixão!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Levantai-vos, ó Senhor, e socorrei-nos,
libertai-nos pela vossa compaixão!

V. Veio o Filho de Deus e nos deu o saber,
R. Para nós conhecermos o Deus verdadeiro.

Primeira leitura
Do Livro do Profeta Isaías 63,19–64,11
 A salvação divina é implorada
63,19 Ah! se rompesses os céus e descesses! As montanhas se derreteriam diante de ti. 64,1 Como o fogo queima os gravetos e faz ferver a água, assim faças conhecer teu nome aos teus inimigos: os povos tremeriam diante de ti, 2 vendo-te operar maravilhas que não são esperadas. Desceste, pois, e as montanhas se derreteram diante de ti.

Nunca se ouviu dizer nem chegou aos ouvidos de ninguém, jamais olhos viram que um Deus, exceto tu, tenha feito tanto pelos que nele esperam. Vens ao encontro de quem pratica a justiça com alegria, de quem se lembra de ti em teus caminhos. Tu te irritaste porque nós pecamos; é nos caminhos de outrora que seremos salvos.

5 Todos nós nos tornamos imundície, e todas as nossas boas obras são como um pano sujo;

murchamos todos como folhas, e nossas maldades empurram-nos como o vento. 6 Não há quem invoque o teu nome, quem se levante para encontrar-se contigo, escondeste de nós tua face e nos entregaste à mercê da nossa maldade. 

7 Assim mesmo, Senhor, tu és nosso pai, nós somos barro; tu, nosso oleiro, nós todos, obra de tuas mãos. Não te ires tanto, Senhor, não continues lembrando nossos pecados; eis-nos aqui: olha, o teu povo somos nós. As cidades que santificaste tornaram-se um deserto,
Sião ficou deserta, Jerusalém ficou devastada. 

10 A casa de nossa santificação e honra, onde nossos pais te louvaram, foi consumida pelo fogo, tudo o que nos era tão caro converteu-se em ruínas. 11 Acaso ficas insensível a esses males? Não te manifestas, e nos castigarás assim tanto?


Responsório Cf. Is 56,1; Mq 4,9; Is 43,3

R. Jerusalém, cidade santa, logo vi tua salvação;
por que te gastas em lamentos?
Pereceu teu conselheiro?
Por que a dor assim te aflige?
* Eu hei de te salvar e libertar: Não tenhas medo!
V. Pois eu sou o Senhor, teu Deus, sou o Santo de Israel,
eu sou teu Redentor* Eu hei.

Segunda leitura
Do Comentário sobre o Evangelho de São João, de São Cirilo de Alexandria, bispo
(Lib. 5, cap. 2: PG 73, 751-754) (Séc. V)
 A efusão do Espírito Santo sobre todos os homens

Tendo o Criador do universo decidido restaurar todas as coisas em Cristo, dentro da mais admirável e perfeita ordem, e restituir à natureza humana sua condição original, prometeu, junto com os outros dons que daria copiosamente, conceder o Espírito Santo. Pois, de outro modo o homem não poderia ser reintegrado na posse tranqüila e permanente desses dons.

Determinou, portanto, o tempo em que o Espírito Santo desceria sobre nós, isto é, o da vinda de Cristo, prometendo com estas palavras: Naqueles dias, a saber, nos dias do Salvador,derramarei meu Espírito sobre todo ser humano (Jl 3,1).

Quando esse tempo de imensa e gratuita liberalidade trouxe ao mundo o Filho Unigênito encarnado, isto é, como homem nascido de mulher, segundo a Sagrada Escritura, novamente Deus Pai nos concedeu o seu Espírito, sendo Cristo o primeiro a recebê-lo como primícias da natureza renovada. João Batista o testemunhou dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu, e permanecer sobre ele (Jo 1,32).

Afirma-se que Cristo recebeu o Espírito enquanto homem e enquanto convinha ao homem recebê-lo; embora seja Filho de Deus Pai e gerado de sua substância, mesmo antes da encarnação, e mais ainda, antes de todos os séculos, não se ofende ao ouvir Deus Pai declarar-lhe, depois que se fez homem: Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei (Sl 2,7).

O Pai diz que foi gerado hoje aquele que antes dos séculos era Deus, gerado por ele, para receber-nos em Cristo como filhos adotivos. Com efeito, toda a natureza humana se encontra em Cristo enquanto homem. Assim o Pai dá ao Filho seu próprio Espírito, a fim de que em Cristo também nós o recebamos. Por esse motivo, Cristo veio em auxílio da descendência de Abraão, como está escrito, e tornou-se em tudo semelhante a seus irmãos.

O Unigênito de Deus não recebeu o Espírito Santo para si mesmo; com efeito, esse Espírito que é seu, nos é dado nele e por ele, como já dissemos antes, pois, tendo-se feito homem, tinha em si a totalidade da natureza humana, a fim de restaurá-la toda e restituir-lhe a integridade original. Podemos ver assim – se quisermos aplicar um reto raciocínio e os testemunhos da Escritura – que Cristo não recebeu o Espírito Santo para si mesmo, mas para que o recebêssemos nele; pois é também por ele que recebemos todos os bens.
Responsório Ez 37,27-28; Hb 8,8

R. Eu serei o seu Deus, serão eles meu povo:
* Quando o meu santuário estiver entre eles
e ficar para sempre,
saberão as nações que eu, o Senhor,
santifico Israel.
V. Eu hei de fazer uma nova Aliança com Ju e Israel.    *Quando.
Oração
Ó Deus, pelo nascimento do vosso Filho, a aurora do vosso dia eterno despontou sobre todas as nações. Concedei ao vosso povo conhecer a fulgurante glória do seu Redentor e por ele chegar à luz que não se extingue. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.

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