Primeira
leitura - At 12,1-11
Segunda
leitura - 2Tm 4,6-8.17-18
Salmo
- Sl 33
Evangelho
- Mt 16,13-19
ONDE ESTÁ PEDRO, AÍ
ESTÁ A IGREJA!
Estamos diante da
questão da identidade de Jesus. Perante isto, dois títulos se confrontam:
“Filho do Homem” e “Cristo”. Jesus, com frequência, identifica-se como o “Filho
do Homem”. Por outro lado, os discípulos originários do Judaísmo identificam-no
como o “Cristo”. O “Filho do Homem” é uma expressão que aparece quase uma
centena de vezes no livro do profeta Ezequiel, exprimindo a condição humana
comum e frágil de alguém que coloca toda sua confiança em Deus.
“Cristo”, sinônimo de
“Messias” ou “Ungido”, é um título aplicado, abundantemente, a Davi, ou a um de
seus descendentes, no Antigo Testamento, estando associado à ideia de um chefe
poderoso e dominador.
“Por isso eu te digo
que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno
nunca poderá vencê-la” (Mt 16,18). A Igreja é imortal e seu fundamento deve
perdurar sempre.
Nós católicos temos a
certeza e o orgulho de sermos a única Igreja cristã edificada sobre o
fundamento rochoso, sobre Pedro (ver Mt 7,24). Daí que nós, simples e
humildemente, nos orgulhamos em afirmar: “Onde está Pedro, aí está a Igreja!”
Deixemos a primeira
pergunta: “Quem dizem os homens que eu sou?”. Respondamos a segunda pergunta:
“E vós?”. Hoje, não é suficiente a resposta de Pedro: “O Messias, o esperado de
Israel”. A nossa deveria ser: “O Filho de Deus encarnado, ‘que se entregou e
morreu por nós’” (cf. Gl 2,20). Por isso, vivemos a vida presente pela fé no
Filho de Deus.
Na verdade, essa imagem
de Cristo, que levamos dentro de nós desde o batismo, está destroçada ou
escurecida. Como poderemos ser apóstolos se não sentimos Sua presença dentro de
nós? Como “vender um produto” do qual não estamos, nós mesmos, convencidos?
A resposta de Jesus,
dada a Simão, indica que a nossa resposta, admitindo Seu senhorio total como
Messias e Filho de Deus, é também um dom do céu. Não seremos os chefes, como
Pedro, mas a Igreja estará fundada em nós e nas nossas famílias.
Além de Cristo, como
figura central, temos Pedro como figura destacada por duas razões: por sua fé em
Jesus e por sua lista de serviços como chefe da comunidade. A revelação de
confessar Jesus como Messias, Filho de Deus, é um dom do Pai, e isso serve para
todos nós. A chefia da comunidade eclesial é própria dele [Pedro] e continua em
seus sucessores através dos séculos. A eles pertence o poder das chaves,
jurídico e doutrinal, como o entende a Igreja Católica. Não foi dado este poder
aos outros discípulos e, portanto, devemos distingui-lo do poder evangelizador
e de governo dado ao resto dos apóstolos, do qual todos nós participamos como
discípulos e missionários de Jesus Cristo com uma missão específica.
Que os dois pilares da
Igreja, Pedro e Paulo, intercedam por cada um de nós a fim de que sejamos
verdadeiramente discípulos e missionários, exercendo as nossas tarefas diárias
e professando a nossa fé em Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo!
Padre Bantu
Mendonça
Fonte: canção
nova
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