Primeira leitura - Os 11,1.3-4.8c-9
Segunda leitura - Ef 3,8-12.14-19
Salmo - Is
12,2-6
Evangelho -
Jo 19,31-37
Aproximemo-nos do
coração dulcíssimo de Jesus
A melhor representação
do coração de Jesus é o Senhor crucificado, deixando sair, do Seu lado aberto
pela lança, o sangue e a água, figuras dos sacramentos da Igreja representados,
nesse momento, por Eva, a qual nasceu do lado de Adão adormecido.
No sangue que sai do
lado ferido de Jesus, temos a expressão de Seu amor num dom sem limites. Na
água, temos a origem da vida nova no Espírito doado por Cristo. É a
característica do verdadeiro coração que ama sem medidas. Citando Santo
Agostinho, podemos dizer: “A medida do amor é amar sem medidas”.
Portanto, aproximemo-nos
do coração dulcíssimo do Senhor Jesus, n’Ele exultemos e nos regozijemos. Quão
bom e doce é habitar nesse coração! É o tesouro escondido, a pérola preciosa,
aquilo que encontramos, ó Jesus, escavando o campo do Seu corpo. Quem pois
rejeitará esta pérola? Bem pelo contrário, por ela eu darei todos os meus bens,
trocarei todas as minhas preocupações, todos os meus afetos. Todas as minhas
inquietações serão abandonadas no coração de Jesus, porque Ele me bastará e
providenciará, sem falta, a minha subsistência.
É nesse Templo, nesse
“Santo dos santos”, nessa arca da aliança que virei adorar e louvar o nome do
Senhor. “Encontrei o meu coração, dizia Davi, para rezar ao meu Deus”. Também
eu encontrei o coração do meu Senhor e Rei. Portanto, como poderia não rezar?
Sim, rezarei, porque digo com firmeza: o Seu coração me pertence.
“Ó Jesus, digna-Te
aceitar e escutar a minha oração. Leva-me toda inteira para o Teu coração.
Ainda que a deformidade dos meus pecados me impeça de entrar nele, contudo,
dado que por um amor incompreensível, este coração se dilatou e alargou. Tu
podes receber-me e purificar-me da minha impureza.
Ó Jesus puríssimo, lava-me das minhas
iniquidades a fim de que, purificado por Ti, possa habitar em Teu coração todos
os dias da minha vida, para ver e fazer a Tua vontade. Se o Teu lado foi
transpassado, foi para que a entrada nos seja amplamente aberta. Se o Teu
coração foi ferido, foi para que, ao abrigo das agitações exteriores, eu possa
habitar nele. E é ainda para que, na ferida visível, eu veja a invisível ferida
do amor.
Senhor Jesus, que a
água e o sangue, jorrados de Teu coração transpassado, revigorem o amor e a
fidelidade que estão no meu coração”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: http://blog.cancaonova.com
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