sábado, 12 de janeiro de 2013

LITURGIA DAS HORAS - OFICIO DAS LEITURAS


SÁBADO APÓS A EPIFANIA DO SENHOR
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Ofício das Leituras
 V. Vinde, ó Deus em meu auxílio. 
 R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.
Hino

Vendo os Magos a Criança,
vão abrindo seus tesouros
e lhe fazem oferendas
de incenso, mirra e ouro.

Ó Menino, nos presentes,
pelo Pai determinados,
reconheces sinais claros
do poder do teu Reinado.

Para o Rei é dado o ouro,
para Deus, o incenso puro.
Mas a mirra prenuncia
do sepulcro o pó escuro.

Ó Belém, cidade única
entre todas as nações,
tu geraste, feito homem,
o Autor da salvação!

Como provam os profetas,
Deus, o Pai que nos criou,
enviou Jesus ao mundo,
Juiz e Rei o consagrou.

O seu reino abrange tudo:
Oriente e Ocidente,
dia e noite, terra e mares,
fundo abismo e céu fulgente.

Glória a vós, ó Jesus Cristo,
que às nações vos revelais,
com o Pai e o Santo Espírito
pelos séculos eternais.

Salmodia

Ant. 1 O Senhor, somente ele é que fez grandes maravilhas:
porque eterno é seu amor.

Salmo 135(136)
Hino pascal pelas maravilhas
do Deus criador e libertador
Anunciar as maravilhas de Deus é louvá-lo (Cassiodoro).

I
1 Demos graças ao Senhor, porque ele é bom: *
Porque eterno é seu amor!

2 Demos graças ao Senhor, Deus dos deuses: *
Porque eterno é seu amor!
3 Demos graças ao Senhor dos senhores: *
Porque eterno é seu amor!

4 Somente ele é que fez grandes maravilhas: *
Porque eterno é seu amor!
5 Ele criou o firmamento com saber: *
Porque eterno é seu amor!
6 Estendeu a terra firme sobre as águas: *
Porque eterno é seu amor!

7 Ele criou os luminares mais brilhantes: *
Porque eterno é seu amor!
8 Criou o sol para o dia presidir: *
Porque eterno é seu amor!
9 Criou a lua e as estrelas para a noite: *
Porque eterno é seu amor!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. O Senhor, somente ele é que fez grandes maravilhas:
porque eterno é seu amor.

Ant. 2 Tirou do meio deles Israel
com mão forte e com braço estendido.

II
10 Ele feriu os primogênitos do Egito *
Porque eterno é seu amor!
11 E tirou do meio deles Israel: *
Porque eterno é seu amor!
12 Com mão forte e com braço estendido: *
Porque eterno é seu amor!

13 Ele cortou o mar Vermelho em duas partes: *
Porque eterno é o seu amor!
14 Fez passar no meio dele Israel: *
Porque eterno é o seu amor!
15 E afogou o Faraó com suas tropas: *
Porque eterno é seu amor!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Tirou do meio deles Israel
com mão forte e com braço estendido.

Ant. 3 Demos graças ao Senhor, o Deus dos céus,
pois ele nos salvou dos inimigos.

III
16 Ele guiou pelo deserto o seu povo: *
Porque eterno é seu amor!
17 E feriu por causa dele grandes reis: *
Porque eterno é seu amor!
18 Reis poderosos fez morrer por causa dele: *
Porque eterno é seu amor!

19 A Seon que fora rei dos amorreus: *
Porque eterno é seu amor!
20 E a Og, o soberano de Basã: *
Porque eterno é seu amor!

21 Repartiu a terra deles como herança: *
Porque eterno é seu amor!
22 Como herança a Israel, seu servidor: *
Porque eterno é seu amor!
23 De nós, seu povo, humilhado, recordou-se: *
Porque eterno é seu amor!

24 De nossos inimigos libertou-nos: *
Porque eterno é seu amor!
25 A todo ser vivente ele alimenta: *
Porque eterno é seu amor!
26 Demos graças ao Senhor, o Deus dos céus: *
Porque eterno é seu amor!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Demos graças ao Senhor, o Deus dos céus,
pois ele nos salvou dos inimigos.

V. O Verbo era a luz verdadeira.
R. Que ilumina todos os homens.

Primeira leitura
Do Livro do Profeta Isaías 66,10-14.18-23
A salvação universal
10 Alegrai-vos com Jerusalém e exultai com ela todos vós que a amais; tomai parte em seu júbilo todos vós que choráveis por ela, 11 para poderdes sugar e saciar-vos ao seio de sua consolação, e aleitar-vos e deliciar-vos aos úberes de sua glória.


12 Isto diz o Senhor: Eis que farei correr para ela a paz como um rio e a glória das nações como torrente transbordante. Sereis amamentados, carregados ao colo e acariciados sobre os joelhos. 13 Como uma mãe que acaricia o filho, assim eu vos consolarei; e sereis consolados em Jerusalém.

14 Tudo isso haveis de ver e o vosso coração exultará, e o vosso vigor se renovará como a relva do campo. A mão do Senhor se manifestará em favor de seus servos e ele se indignará contra seus inimigos. 18 Eu que conheço suas obras e seus pensamentos, virei para reunir todos os povos e línguas; eles virão e verão minha glória. 

19 Porei no meio deles um sinal,  e enviarei, dentre os que foram salvos, mensageiros para os povos de Társis,  Fut, Lud, Mosoc, Ros, Tubal e Javã, para as terras distantes, e, para aquelas que ainda não ouviram falar em mim e não viram minha glória. Esses enviados anunciarão às nações minha glória, 20 e reconduzirão, de toda parte, até meu santo monte em Jerusalém, como oferenda ao Senhor, irmãos vossos, a cavalo, em carros e liteiras, montados em mulas e dromedários – diz o Senhor – e como os filhos de Israel, levarão sua oferenda  em vasos purificados para a casa do Senhor. 21 Escolherei dentre eles alguns para serem sacerdotes e levitas, diz o Senhor.


Responsório Is 66,18.19; Jo 17,6.18
R. Eis que venho reunir todas as línguas e nações:
Hão de ver a minha glória e anunciá-la entre os povos.
V. Ó Pai, manifestei ao mundo o teu nome,
todos que, do mundo, tu me deste e que são teus:
como tu me enviaste, assim eu os enviei* Hão de ver.

Segunda leitura
Dos Sermões de São Fausto de Riez, bispo
(Sermo 5, de Epiphania 2: PLS 3, 560-562)   (Séc. V)
 As núpcias de Cristo e da Igreja

No terceiro dia, houve um casamento (Jo 2,1). Que casamento é este senão as promessas e as alegrias da salvação humana, insinuada no significado místico do número três, quer em referência à proclamação da Trindade quer à fé na ressurreição do Senhor ao terceiro dia?

No mesmo sentido se lê também noutra passagem do Evangelho, que o regresso do filho pródigo, símbolo da conversão dos pagãos, foi celebrado com música, danças e vestes nupciais.

Por isso, como um esposo que se levanta do quarto nupcial (Sl 18,6), Cristo veio à terra a fim de unir-se pela encarnação à Igreja em que haviam de reunir-se os povos pagãos. Deu-lhe penhor e dote: penhor, quando Deus se uniu ao homem; dote, quando se imolou pela salvação do homem. Pelo penhor, entendemos a presente redenção; pelo dote, a vida eterna. Tudo isso eram milagres para os que viam; e  mistério para os que compreendiam seu sentido. Se considerarmos com atenção, veremos que a própria água, transformada em vinho, nos apresenta, de certo modo, a imagem do batismo e da vida nova. De fato, quando algo se transforma interiormente, quando uma criatura passa de um estado inferior a outro melhor por uma íntima mudança, realiza-se o mistério de um segundo nascimento. As águas são repentinamente transformadas, para em seguida transformar os homens.

Na Galiléia, por intervenção de Cristo, a água transformou-se em vinho, quer dizer, cessa a lei e sucede-lhe a graça; as sombras são desfeitas e a verdade se manifesta; as coisas materiais cedem às espirituais; a lei antiga se transforma no Novo Testamento. Como diz o Apóstolo, o mundo velho desapareceu; tudo agora é novo (2Cor 5, 17). E assim como a água contida nas talhas nada perde do que era e começa a ser o que não era, também a lei não deixa de existir, mas se aperfeiçoa com a vinda de Cristo.

Tendo faltado uma qualidade de vinho, serviu-se outra. É certamente bom o vinho do Antigo Testamento, mas o do Novo é melhor. O Antigo Testamento, que os judeus observam, dilui-se na letra; o Novo, que seguimos, tem o sabor da vida da graça.

Considera-se bom vinho o bom preceito da lei, quando ouves: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo (Mt 5,43). Melhor, contudo, e mais forte é o vinho do Evangelho, quando ouves: Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem (Mt 5,44).

Responsório Cf. Tb 13,11.13-14; Lc 13,29

R. Ó Cidade do Senhor, brilharás qual luz fulgente:
e hão de honrar-te os povos todos;
hão de vir nações de longe:
Com presentes adorar, em teu meio, o Senhor Deus.
V. Virão muitos do oriente, ocidente, norte e sul
*
 Com presentes.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, pelo vosso Filho nos fizestes nova criatura para vós. Dai-nos, pela graça, participar da divindade daquele que uniu a vós a nossa humanidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.

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