sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS


SEXTA-FEIRA APÓS A EPIFANIA DO SENHOR
 ___________________________________________________

Ofício das Leituras


V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
 
R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino

Vendo os Magos a Criança,
vão abrindo seus tesouros
e lhe fazem oferendas
de incenso, mirra e ouro.

Ó Menino, nos presentes,
pelo Pai determinados,
reconheces sinais claros
do poder do teu Reinado.

Para o Rei é dado o ouro,
para Deus, o incenso puro.
Mas a mirra prenuncia
do sepulcro o pó escuro.

Ó Belém, cidade única
entre todas as nações,
tu geraste, feito homem,
o Autor da salvação!

Como provam os profetas,
Deus, o Pai que nos criou,
enviou Jesus ao mundo,
Juiz e Rei o consagrou.

O seu reino abrange tudo:
Oriente e Ocidente,
dia e noite, terra e mares,
fundo abismo e céu fulgente.

Glória a vós, ó Jesus Cristo,
que às nações vos revelais,
com o Pai e o Santo Espírito
pelos séculos eternais.
Salmodia

Ant. 1 Repreendei-me, Senhor, mas sem ira! 

Salmo 37(38)
Súplica de um pecador em extremo perigo
Todos os conhecidos de Jesus ficaram à distância (Lc 23,49).

I
2 Repreendei-me, Senhor, mas sem ira; *
 corrigi-me, mas não com furor!

3 Vossas flechas em mim penetraram; *
vossa mão se abateu sobre mim.
4 Nada resta de são no meu corpo, *
pois com muito rigor me tratastes!

– Não há parte sadia em meus ossos, *
pois pequei contra vós, ó Senhor!
5 Meus pecados me afogam e esmagam, *
como um fardo pesado me oprimem.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Repreendei-me, Senhor, mas sem ira!

Ant. 2 Conheceis meu desejo, Senhor.

II
6 Cheiram mal e supuram minhas chagas *
por motivo de minhas loucuras.
7 Ando triste, abatido, encurvado, *
todo o dia afogado em tristeza.

8 As entranhas me ardem de febre, *
já não há parte sã no meu corpo.
9 Meu coração grita e geme de dor, *
esmagado e humilhado demais.

10 Conheceis meu desejo, Senhor, *
meus gemidos vos são manifestos;
=11 bate rápido o meu coração, †
minhas forças estão me deixando, *
e sem luz os meus olhos se apagam.

=12 Companheiros e amigos se afastam, †
fogem longe das minhas feridas; *
meus parentes mantêm-se à distância.

13 Armam laços os meus inimigos, *
que procuram tirar minha vida;
– os que buscam matar-me ameaçam *
e maquinam traições todo o dia.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Conheceis meu desejo, Senhor.

Ant. 3 Confesso, Senhor, minha culpa:
salvai-me, e jamais me deixeis!

III
14 Eu me faço de surdo e não ouço, *
eu me faço de mudo e não falo;
15 semelhante a alguém que não ouve *
e não tem a resposta em sua boca.

16 Mas, em vós, ó Senhor, eu confio, *
e ouvireis meu lamento, ó meu Deus!
17 Pois rezei: “Que não zombem de mim, *
nem se riam, se os pés me vacilam!”

18 Ó Senhor, estou quase caindo, *
minha dor não me larga um momento!
19 Sim, confesso, Senhor, minha culpa: *
meu pecado me aflige e atormenta.

=20 São bem fortes os meus adversários †
que me vêm atacar sem razão; *
quantos há que sem causa me odeiam!
21 Eles pagam o bem com o mal, *
porque busco o bem, me perseguem.

22 Não deixeis vosso servo sozinho, *
ó meu Deus, ficai perto de mim!
23 Vinde logo trazer-me socorro, *
porque sois para mim Salvação!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Confesso, Senhor, minha culpa:
salvai-me, e jamais me deixeis!

V. No verbo de Deus era a vida.
R. E a vida era a luz para os homens.

Primeira leitura
Do Livro do Profeta Isaías 65,13-25
Um novo céu e uma nova terra
13 Isto diz o Senhor Deus: “Eis que os meus servos terão alimento, e vós tereis fome; os meus servos terão água para beber e vós tereis sede; os meus servos estarão alegres, e vós estareis envergonhados; 14 os meus servos entoarão louvores, com a alma em júbilo, vós gritareis de dor e aflição e rugireis de desespero na alma.

15 E deixareis para os meus servos o vosso nome como marca de maldição: Que o Senhor Deus te faça morrer!, e ele chamará os seus servos com nome diferente. 16 Quem usar para si no país a marca de bênção, usará para si a bênção Por-Deus-Amém, e quem usar de um juramento, no país, usará a forma Por-Deus-Amém; antigas aflições cairão no esquecimento, ficarão escondidas de meus olhos.

17 Eis que eu criarei novos céus e nova terra, coisas passadas serão esquecidas, não voltarão mais à memória. 18 Ao contrário, haverá alegria e exultação sem fim em razão das coisas que eu vou criar; farei de Jerusalém a cidade da exultação e um povo cheio de alegria. 19 Eu também exulto com Jerusalém e alegro-me com o meu povo; ali nunca mais se ouvirá a voz do pranto e o grito de dor. 

20 Ali não haverá crianças condenadas a poucos dias de vida nem anciãos que não completem seus dias. Será considerado jovem quem morrer aos cem anos; e quem não alcançar cem anos, passará por maldito. 21 Construirão casas para nelas morar,
plantarão vinhas para comer seus frutos.

22 Não acontecerá que um construa e outro more, tampouco um plantará e outro comerá; pois o meu povo alcançará a idade das árvores, e meus eleitos consumirão o produto do seu trabalho. 23 Não se fatigarão debalde nem terão filhos que morram subitamente, porque serão uma estirpe abençoada pelo Senhor e seus descendentes o serão igualmente.

24 Então acontecerá que, antes que me chamem, lhes responderei, ainda estarão falando e eu os atenderei. 25 O lobo e o cordeiro pastarão juntos, o leão, como o boi, comerá palha, e o alimento da serpente é o pó. Não se causará dano nem morte em todo o meu santo monte”, diz o Senhor.


Responsório Ap 21,1.3.4

R. Eu vi um novo céu, eu vi uma nova terra;
ouvi uma forte voz, vinda do trono, que dizia:
Eis a tenda de Deus no meio do povo,
seu lugar para morar.
V. O Senhor enxuga de seus olhos toda grima;
nunca mais haverá morte, pois passou o tempo antigo. * Eis a tenda.
Segunda leitura
Dos Sermões de São Máximo de Turim, bispo
(Sermo 100, de sancta Epiphania 1, 3: CCL 23, 398-400) (Séc. V)
 Os sinais do  batismo do Senhor

O evangelho nos conta que o Senhor foi ao Jordão para ser batizado e quis ser consagrado neste rio por sinais do céu.

Não é sem razão que celebramos esta festa pouco depois do dia do Natal do Senhor, já que os dois acontecimentos se verificaram na mesma época, embora com diferença de anos; julgo que também ela deve chamar-se festa do Natal.

No dia do Natal, Cristo nasceu entre os homens; hoje renasce pelos sinais sagrados; naquele dia, nasceu da Virgem; hoje é gerado pelos sinais do céu. No Natal, ao nascer o Senhor segundo a natureza humana, Maria, sua mãe, o acaricia em seu colo; agora, ao ser gerado entre os sinais celestes, Deus, seu Pai, o envolve com sua voz, dizendo: Este é o meu filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o (Mt 17,5). Sua mãe o traz nos braços com ternura, seu Pai lhe presta o testemunho de amor. A Mãe apresenta-o aos magos para que o adorem, o Pai apresenta-o às nações para que o reverenciem.

O Senhor Jesus foi, portanto, receber o batismo e quis que seu santo corpo fosse lavado nas águas.

Talvez alguém diga: “Se ele era santo, por que quis ser batizado?” Escuta: Cristo foi batizado, não para ser santificado pelas águas, mas para santificá-las e para purificar as torrentes com o contato de seu corpo. A consagração de Cristo é sobretudo a consagração da água.

Assim, quando o Salvador é lavado, todas as águas ficam puras para o nosso batismo; a fonte é purificada para que a graça batismal seja concedida aos povos que virão depois. Cristo nos precede no batismo para que os povos cristãos sigam confiantemente o seu exemplo. Vejo aqui um significado misterioso: também a coluna de fogo ia na  frente através do mar Vermelho, para que os filhos de Israel a seguissem corajosamente no caminho; foi a primeira a atravessar as águas, a fim de abrir caminho aos que vinham atrás. Este acontecimento, como diz o Apóstolo, era uma figura do batismo. Foi certamente uma espécie de batismo, no qual os homens eram cobertos pela nuvem e passavam através das ondas.

Tudo isso foi realizado pelo mesmo Cristo nosso Se-nhor, que agora, na coluna do seu corpo, precede no batismo os povos cristãos, como outrora, na coluna de fogo, precedeu através do mar os filhos de Israel. Sim, é a mesma coluna que outrora iluminou os olhos dos caminhantes que hoje enche de luz os corações dos que crêem. Outrora abriu um caminho seguro entre as ondas, hoje firma no batismo os passos da nossa fé.

Responsório Jo 1,29; Is 53,11

R. Disse João, quando viu Jesus vir:
* Eis aqui o Cordeiro de Deus,
o que tira o pecado do mundo.
V. Ele  de justificar a muitos, porque
sobre si leva os pecados do povo. Eis aqui.
Oração

Ó Deus todo-poderoso, que o natal do Salvador do mundo, manifestado pela luz da estrela, 
sempre refulja e cresça em nossas vidas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário