A narrativa do Evangelho desde domingo começa com as mesmas palavras que Jesus utilizou para provocar em Pedro uma mudança de atitude: “Se alguém quiser vir depois de mim” desta vez, porém, dirige-se a todos os discípulos para explicar-lhes as exigências do seguimento.
A exortação a “tomar a cruz e a negar-se a si mesmo” aparece em outro lugar no Evangelho, referindo-se à oposição e à perseguição que traz consigo seu anúncio. Aqui, aparece como condição do seguimento.
Seguir Jesus significa, antes de tudo, negar-se a si mesmo e tomar a cruz, o que é o mesmo que perder a própria vida para encontrá-la em plenitude.
Os primeiros cristãos utilizaram muito a expressão “tomar a cruz” para expressar a sua união com Jesus em sua Morte e Ressurreição. É muito provável que Jesus, ao se referir à cruz, a veja como símbolo do sofrimento, e os primeiros cristãos deram a essa expressão um sentido mais pleno, relacionando-a com o mistério da Páscoa de Jesus.
No final da narrativa, encontramos as razões que devem ter motivado essa entrega da própria vida a Jesus, situando-a no horizonte do juízo: o importante não é o que ocorre no cenário desse mundo, mas o desenlace final do tribunal de Deus.
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